Maradona pede saída de Blatter da Fifa e reforça apoio a Fidel e "ídolo" Chávez
Das agências internacionais
Em Buenos Aires
11/08/2011 22h35
Se por um lado o ídolo argentino Diego Maradona atualmente tem um desafio diferente pela frente, no comando do Al Wasl, dos Emirados Árabes, por outro o ex-jogador mostrou que a língua continua afiada como sempre. O agora treinador deu uma polêmica entrevista para uma revista argentina, na qual pede com todas as letras a saída de Joseph Blatter da Fifa e faz questão de reforçar o seu apoio e admiração ao líder cubano Fidel Castro e ao seu “ídolo” Hugo Chávez, presidente da Venezuela.
Ao relembrar os recentes escândalos de corrupção que assolaram a Fifa, Maradona pediu a renúncia imediata de Blatter. “(Ele) tem que sair (da presidência da Fifa) para que a governem os jogadores de futebol, os que realmente sabem da necessidade urgente de ter Mundiais sem suas políticas e sem compra de votos”, afirmou o ex-jogador à revista La Garganta Poderosa.
Em uma extensa entrevista concedida à publicação, que dá voz às comunidades de bairros pobres de Buenos Aires, Maradona seguiu disparando críticas. Outro alvo foi o presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), Julio Grondona, assim como o presidente norte-americano Barack Obama, que entrou na pauta quando o ídolo argentino expôs suas posições políticas.
Conhecido pela admiração que tem por Fidel, ele o chamou de “pai de todas as revoluções” e ainda defendeu o regime cubano. “Hoje o planeta está morrendo de fome e há 14 milhões de africanos que não têm um pedaço de pão, mas dizem que Fidel é um filho da p... porque os cubanos comem uma xícara de arroz, comem o pão. Cuba é um exemplo a seguir”, decretou Maradona.
Já sobre o “ídolo” político Chávez, o ex-jogador desejou saúde para que ele possa superar o câncer. “Que Deus lhe dê vida suficiente para que o projeto que tem com Fidel possa continuar e que possa seguir lutando contra o grande poder dos Estados Unidos”, disse Maradona, que ainda criticou a política de imigração norte-americana e comparou a AFA a um “museu”, pela idade avançada de seus dirigentes.