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Lesões e improvisos colocam em risco o melhor da seleção na Copa

Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, no Rio

04/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

Se tem um pilar que se notabilizou ao longo da passagem de Tite como técnico da seleção brasileira é a defesa. Mas esse é justamente o setor minado pelas lesões que surgiram nesta Copa do Mundo de 2022. A série de jogadores machucados afeta a arrumação do Brasil, força improvisações e coloca em risco um sistema que, em condições normais, é difícil de ser batido.

Por pouco, o Brasil não saiu da primeira fase sem sofrer gols. Nos primeiros dois jogos, nem sequer permitiu que o adversário finalizasse a gol. Mas aí veio o jogo contra Camarões, do qual o Brasil saiu derrotado por 1 a 0. Mais do que isso, ficou sem os dois laterais-esquerdos convocados — com Alex Telles sendo o caso mais grave, cortado por uma lesão no joelho, assim como o atacante Gabriel Jesus.

O trabalho de Tite agora é reorganizar as peças no tabuleiro defensivo, especialmente, já que há atacantes de sobra no time e Neymar parece cada vez mais próximo do retorno.

O jogo contra os camaroneses terminou com Marquinhos emulando um lateral/zagueiro pela esquerda. O Brasil já não tinha o lateral-direito Danilo nesse jogo, que começou a Copa como titular e sofreu lesão no tornozelo logo na estreia diante da Sérvia.

Na parede da sala de Tite na CBF, visitada pelo UOL Esporte, há o desenho de "excelência" da equipe, composto pelos números do Brasil em jogos oficiais sob o comando dele. Até a Copa começar e descontando amistosos, foram 47 jogos realizados e a seleção não levou gol em 34 deles. O Brasil somava até então 15 gols sofridos, ao todo.

Tite em sua sala na CBF Imagem: Lucas Seixas/UOL

No Qatar, o "ataque forte" também indicado na parede de Tite e que foi a tônica da preparação também perdeu poder de fogo: apenas três gols em três partidas. Logo, a relevância de não sofrer gols cresceu.

Pensando nas oitavas de final contra a Coreia do Sul, amanhã (5), Danilo tem boa perspectiva de retorno. Treinou com os demais companheiros no campo e se mostrou recuperado. Mas a questão é onde escalá-lo.

Alex Sandro, o lateral-esquerdo remanescente após o corte de Alex Telles, fez ontem (3) só um trabalho individualizado com a fisioterapia no CT da seleção, em Doha. Ou seja, há uma lacuna relevante na engrenagem.

Danilo é polivalente. Na Juventus, já atuou em todas as posições da linha defensiva, inclusive na lateral-esquerda. Se for escalado lá, a tendência é que Tite mantenha outra improvisação no outro lado, com o zagueiro Militão sendo o lateral-direito.

O retorno de Danilo ameniza possíveis danos no núcleo central da zaga do Brasil. Assim, não seria possível mexer na dupla formada por Marquinhos e Thiago Silva. Os dois são fundamentais defensivamente e bola aérea.

No formato atual da seleção, os laterais também são importantes na construção de jogo. Quando o Brasil tem a bola, eles têm como função a construção de jogo em uma faixa mais central do campo e não necessariamente avançando à linha de fundo. Por isso que Danilo se torna crucial. Ele está acostumado aos movimentos.

Defensivamente, sim, precisam ficar atentos aos pontas adversários. A Coreia do Sul até conseguiu gerar alguns sustos dessa forma, no amistoso entre as duas seleções, em junho de 2022. Pelo menos o jogo terminou 5 a 1 para o Brasil.

Na correria entre o fim da fase de grupos, o anúncio dos cortes e o jogo das oitavas de final, Tite tem no treino de hoje a oportunidade final de organizar o Brasil para enfrentar os coreanos, amanhã, às 16h (de Brasília), no Estádio 974.

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