Abrir mão de Rooney valeu a técnico da Inglaterra o respeito dos jogadores
Do UOL, em São Paulo
16/06/2018 21h49
Wayne Rooney tinha apenas 18 anos quando foi chamado pelo técnico Sven-Goran Eriksson para defender a Inglaterra na Eurocopa de 2004. Desde então, esteve nas Copas do Mundo de 2006, 2010 e 2014, além de ter disputado as edições de 2012 e 2016 da Euro. Por isso, o fim da trajetória de Rooney na seleção inglesa impressionou os convocados para a Copa de 2018.
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O corte foi uma decisão do técnico Gareth Southgate, com quem Rooney nunca teve vida fácil. Desde que assumiu o posto no fim de setembro de 2016, o então atacante do Manchester United já percebeu que seu ciclo na seleção estaria perto do fim. Já em outubro daquele ano, em jogo contra a Eslovênia pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo, perdeu a braçadeira de capitão e foi direto para o banco de reservas. Em março, contra a Lituânia, nem foi chamado.
A decisão de abrir mão de Wayne Rooney em sua gestão deixou nos jogadores uma imagem forte de Gareth Southgate. É o que garantiu o lateral esquerdo Danny Rose em entrevista coletiva.
“Eu certamente não esperava que o técnico deixasse ele de fora contra a Eslovênia”, disse. “Assim que vimos isso, sabíamos que ele seria alguém a ser respeitado. Afinal, ele deixou de fora um dos melhores jogadores da Inglaterra”, completou.
Em suas declarações, publicadas pela imprensa britânica, Rose disse que a ausência de Wayne Rooney na seleção inglesa “foi um grande choque para todos, especialmente quando Rooney anunciou que estava se aposentando”. O anúncio do atacante, agora no Everton, aconteceu em agosto de 2017.
Na Copa de 2018, Gareth Southgate escolheu o atacante Harry Kane como capitão. E para Danny Rose, a seleção inglesa tem condições de fazer um bom papel na competição – inclusive sem Rooney.
“Não há desculpas, não há justificativas. O técnico nos deu todas as ferramentas corretas para estarmos prontos para a segunda-feira”, disse, referindo-se ao jogo contra a Tunísia, na primeira rodada do Grupo G. “Trabalharemos de novo amanhã (domingo); depois disso, pode assegurar que todo mundo que teremos feito o possível por um bom começo”, acrescentou.