Contra a Dinamarca, Peru tenta encerrar jejum de 40 anos em Copas do Mundo
Do UOL, em São Paulo
15/06/2018 21h00
De volta a uma Copa depois de 36 anos, o Peru tenta neste sábado quebrar um jejum ainda mais longo. A equipe não sabe o que é vencer uma partida no torneio desde 1978, no Mundial disputado na Argentina. Os peruanos entram em campo às 13h, em Ecaterimburgo, contra a Dinamarca.
- Brasil estreia às 15h deste domingo; veja a tabela
- Simule os classificados e o mata-mata do Mundial
- Veja o gol da vitória do Uruguai contra o Egito
O Peru teve a sua melhor geração de jogadores na década de 1970, liderados pelo atacante Teófilo Cubillas, que marcou dez gols nas Copas de 1970 e 1978. Na primeira fase do Mundial da Argentina, os peruanos fizeram uma excelente campanha. Na estreia, a seleção passou pela Escócia por 3 a 1 e, em seguida, empatou por 0 a 0 com a Holanda, que conseguiria naquela Copa seu segundo vice-campeonato seguido. Para encerrar a fase inicial, goleou o Irã por 4 a 1, no dia 11 de junho. Não sabia que aquela seria sua última vitória por pelo menos 40 anos.
No jogo contra o Irã, em sua vitória derradeira, o Peru abriu 3 a 0 em menos de 40 minutos. O Irã descontou antes do intervalo, mas Cubillas fez seu terceiro gol, o segundo de pênalti, aos 34 do segundo tempo. Aquele era o primeiro Mundial disputado pelos iranianos.
A segunda fase foi oposta. Em um grupo fortíssimo, o Peru perdeu por 3 a 0 para o Brasil, depois caiu por 1 a 0 contra a Polônia, outra força dos anos 1970, e encerrou a participação com uma goleada sofrida para a Argentina por 6 a 0. O resultado é alvo de controvérsia até hoje. Os donos da casa, que viviam sob uma ditadura militar, precisavam de uma goleada por quatro gols de vantagem, ou o Brasil avançaria às semifinais. O goleiro Ramón Quiroga, argentino de nascimento, acabou responsabilizado pelo resultado, acusado de ter sofrido gols propositalmente. Desde então, o ex-atleta já deu inúmeras entrevistas negando que tivesse falhado propositalmente. "Nunca me vendi", repete.