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Tite é trunfo para T. Silva transformar discurso de força mental em prática

Thiago Silva, durante entrevista coletiva da seleção brasileira em Londres Imagem: Pedro Martins / MoWA Press

Danilo Lavieri, Dassler Marques e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Londres e no Rio de Janeiro

30/05/2018 04h00

Muito marcado pela torcida por sua atuação na Copa de 2014, mesmo sem nem ter entrado em campo no 7 a 1, Thiago Silva tem reforçado o papel de Tite no estabelecimento de uma "força mental" na seleção. Questionado justamente nesta área, ele pode usar a relação com o treinador para tentar uma volta por cima. 

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Embora não trabalhe com um psicólogo na comissão, o treinador sempre afirma que a “cabeça forte” vem com o tempo. Ele adota conversas individuais com os atletas, especialmente com os que detecta que têm mais propensão a este tipo de problema.

Thiago Silva entra neste caso pelo seu passado na seleção. O choro antes da disputa de pênaltis contra o Chile, na Copa de 2014, e o pênalti com direito a soco na bola contra o Paraguai, na Copa América de 2015, entram nesta lista. Além disso, o antigo capitão da seleção também sempre reagiu mal aos momentos em que perdeu espaço no grupo. Recentemente, ainda na época de Dunga, veio a público para reclamar pelo fato de ter ido para o banco e por ter perdido a braçadeira.

“Sou assim. Isso [questionamentos pelo emocional fraco] nunca me atrapalhou dentro de campo. Somos seres humanos, temos sentimentos. Quando você perde algo grande, você deixa o emocional chegar. Lembro que após a Copa eu tive uma perda muito grande. Perda grande. Não visitei meu padrasto no hospital. Faleceu e eu não tive oportunidade de estar com ele. Me motivou a estar contra o Bordeaux. Isso é coisa do ser humano”, analisou.

Imagem: Buda Mendes/Getty Images

“Para mim foi mais difícil estar fora [do jogo contra a Alemanha]. Muitos me falaram que foi um livramento para mim, mas me sinto culpado como todos os que estavam dentro de campo. A frustração foi de todos nós", completou.

Também no discurso, Thiago gosta de mostrar que Tite tem trabalhado isso com o grupo e exalta, sempre que pode, a força que todos têm adquirido desde a troca de comando. Para o zagueiro, a primeira prova de que o time mudou foi no amistoso contra a Alemanha, em março. Na ocasião, a seleção abriu 1 a 0 e depois “soube sofrer” para segurar o resultado até o apito final.

“Cada grupo teve sua dificuldade, isso é natural em uma Copa do Mundo. Quando você não ganha, é chamado de fracassado. Por isso temos que estar preparados. Aquilo que o “homem” pede de estar mentalmente forte é por isso. Como no jogo da Alemanha. Nós sofremos no fim, mas seguramos a cabeça. Principalmente depois do 7 x 1, foi importante jogar lá e ter uma boa atuação. Acho que a gente está se preparando da melhor maneira possível. Se formos olhar pelos exemplos, isso nos motiva”

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