Obras no Itaquerão. Fiscalização dos custos gerou discussão entre dirigentes
O presidente da diretoria do Corinthians, Andrés Sanchez, se defendeu das cobranças feitas de maneira geral pelo Conselho Deliberativo do clube e assinadas pelo seu presidente, o Dr. Carlos João Eduardo Senger. Em nota publicada nesta sexta-feira, dia 14, no site oficial do Corinthians, Andrés disse que a diretoria “jamais se furtou e jamais se furtará a prestar as devidas informações sobre quaisquer questionamentos formulados por Conselheiros”.
O desentendimento entre os presidentes começou quando foi publicada uma entrevista de Andrés concedida à revista Época, em que teria dito: “Quem fez o estádio fui eu e o Lula. Garanto que vai custar mais de R$ 1 bilhão. Ponto. A parte financeira ninguém mexeu. Só eu, o Lula e o Emílio Odebrecht [presidente do Conselho de Administração da Odebrecht]”.
Embora o mandatário alvinegro tenha negado as declarações após a publicação da revista, o fato foi suficiente para o Conselho Deliberativo do Corinthians se mobilizar, publicando nota oficial em que afirmava que “os conselheiros têm não só o direito, como o dever de conhecer em todas as minúcias o tipo de operação que o clube está fazendo”.
Além disso, a nota cobrava Andrés de suas obrigações como presidente: “é preciso que o presidente Sanchez entenda que uma de suas obrigações estatutárias é justamente prestar informações ao Conselho Deliberativo sobre o que lhe é arguído” e prosseguia “as negociações com a empreiteira Odebrecht e o Corinthians têm, necessariamente, que ser as mais cristalinas possíveis. O contrato a respeito não pode ser uma caixa preta”.
Como resposta a tais cobranças Andrés publicou uma nota oficial no site do clube afirmando que “seguramente, esse é o Estádio mais fiscalizado da história” e prosseguiu dizendo “há que se assinalar que o Dr. Carlos Joao Eduardo Senger assinou, pessoalmente, de próprio punho, o contrato para a construção do Estádio”.
Por fim, reiterou a formação do Presidente do Conselho Deliberativo, “evidentemente, como Advogado, como membro do Ministério Público e, principalmente, como representante maior dos Conselheiros do Corinthians, não há como imaginar que tenha feito sem o ler”.