Sem chance como jogador no Corinthians, Carille se emociona com 1ª taça
Dassler Marques e Diego Salgado
Do UOL, em São Paulo
07/05/2017 19h32
Fábio Carille foi lateral do Corinthians por quatro meses em 1995 e não estreou, teve quase uma década como auxiliar e, em poucos meses como treinador, já respondeu com a conquista do Paulistão 2017. A sequência desse roteiro de Carille, corintiano desde criança, o emocionou neste domingo. O técnico conteve as lágrimas, mas chegou a ficar sem palavras e com a voz embargada.
"O sonho não é de 95, é desde que eu entendo futebol. Eu me lembro bem de 1973, do futebol da Democracia, da família toda corintiana, e não caiu a ficha ainda. Estou meio assim, vão se passar os dias, foram longos dias essa semana. Depois de uma vitória de 3 a 0 a semana não passa, o domingo não chega, mas graças a Deus conseguimos o título", disse Carille.
"Sou abençoado. Em 2010, o Mano sai para a seleção e eu não sabia se ia ficar, se iria ser mandado embora. Teve o Adílson [Batista] por um curto espaço de tempo, vem o Tite com comissão montada e eu me firmando no meu segundo ano. Não dá para dizer [o que sente], estou sendo sincero, estou perdido com tudo o que acontece na minha vida. De jogar bola na rua, não ter brinquedo que não fosse a bola. Eu não tinha condição para jogar cinco Brasileiros como atleta. Sempre fui disciplinado e um técnico em campo, sempre tive essa noção", comentou Carille. "Tem hora que eu paro e não consigo entender", resumiu.