Barça pós Guardiola vira "comum", para de golear e vê derrotas acachapantes
Do UOL, em São Paulo
02/05/2013 06h00
Fazer 5 a 0 no Bayern de Munique para se classificar de maneira direta ou 4 a 0 para ir para a prorrogação e ainda manter o sonho de avançar à final da Liga dos Campeões. A tarefa era algo que o Barcelona parou de fazer após a era Guardiola no torneio: ter que golear.
Na quarta, o Barcelona levou outro golpe dos alemães, perdendo por 3 a 0.
Em sua primeira temporada após a saída de seu ex-treinador, o time catalão manteve a tradicional posse de bola, mas deu menos shows e passou a ser mais facilmente batido. Sob o comando de Tito Villanova, na atual Liga, o Barcelona goleou apenas uma vez: 4 a 0 sobre o Milan, na volta das oitavas de final.
CONFIRA A REPERCUSSÃO PÓS-VITÓRIA DO BAYERN SOBRE O BARÇA
Na primeira fase, em duelos contra Celtic, Benfica e Spartak, teve quatro vitórias, mas nenhuma por goleada. Contra o PSG, nas quartas, foram dois empates. E na semi, contra o Bayern, também não conseguiu o feito.
Nos quatro anos sob o comando de Guardiola, o time espanhol aplicou bem mais vitórias tranquilas no mais tradicional torneio europeu. Logo em sua primeira temporada, 2008/09, Guardiola viu seu time golear quatro vezes na Liga (5 a 0 no Basel, 5 a 2 no Sporting, 5 a 2 no Lyon e 4 x 0 no Bayern).
Na temporada seguinte, foram duas (4 a 0 no Stuttgart e 4 a 1 no Arsenal). Na outra que se sagrou campeão, 2010/11, foram três (5 a 1 no Panathinaikos e no Shakthar Donetsk e 4 a 1 no Arsenal). Na última de Guardiola, 2011/12, foram quatro goleadas (4 a 0 e 5 a 0 no BATE Borisov, 4 a 0 no Viktoria Pilsen e 7 a 1 no Bayer Leverkusen).
O Barcelona venceu apenas um time nos últimos dez duelos de mata-mata: o Milan.
Este ano, o Barcelona também sofreu número recordes de derrotas comparado com as quatro participações com Guardiola. Foram quatro: 2 a 1 para o Celtic, 2 a 0 para o Milan, o vexatório 4 a 0 para Bayern de Munique na ida e mais o 3 a 0 desta quarta.
Nas outras quatro oportunidades anteriores, o máximo que sofreu fora duas derrotas, em uma edição. Nas outras três perdeu apenas uma vez. Jamais havia perdido da maneira acachapante como foi nas duas derrotas para o Bayern. O máximo havia sido um 3 a 1 para a Inter de Milão.
Com o pupilo de Guardiola, a defesa ficou mais frágil. Os 18 gols sofridos nessa edição foram recorde entre as cinco. Antes, o número máximo havia sido 13, em 2009. Na temporada 2010/11, levou apenas nove.