Torcedor do Fla recebe punição por injúria racial após caso Vinicius Jr.
Vinicius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro
24/08/2017 12h18
O torcedor flamenguista Wagner Marinho Tavares foi detido na última quarta-feira (23) após se desentender com um funcionário de uma empresa que presta serviço ao Maracanã e conduzido ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) acusado de injúria racial. A punição saiu já na madrugada de quinta-feira (24). Foi a mesma da semana passada, quando um torcedor do Botafogo ofendeu familiares do atacante rubro-negro Vinicius Júnior.
A confusão aconteceu no portão D do Maracanã, antes da vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Botafogo. Segundo relatos, o torcedor disse ao funcionário do estádio: "Vai trabalhar vendendo banana, filho de preto". Um policial do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) ouviu a ofensa e o levou preso.
O juiz de plantão Alexandre Cruz aplicou a seguinte medida. Wagner Marinho Tavares responderá ao processo em liberdade, mas com uma série de restrições. Terá de comparecer mensalmente ao Juizado do Torcedor e está proibido de ir aos jogos do Flamengo no Rio de Janeiro por seis meses.
Ele tem a obrigação de se apresentar na Cidade da Polícia nos dias das partidas do Rubro-negro, também mudar de endereço sem comunicação prévia e não pode se ausentar do estado do Rio por mais de dez dias sem autorização do Juizado.
O Jecrim do Maracanã registrou nove ocorrências envolvendo 15 torcedores. Além do caso de injúria racial, houve cambismo, violência, porte e uso de drogas e tentativa de invasão.
No final do jogo, os torcedores do Botafogo que quiserem deixar o estádio antes do horário foram impedidos pela PM por questão de segurança e uma confusão começou ainda nas arquibancadas do Maracanã. A Polícia disparou bombas para conter os ânimos e alguns torcedores passaram mal por conta do gás de pimenta.