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Camilo ou Gutiérrez? O que o Inter muda com cada substituto de D'Alessandro

Guto Ferreira monta o time do Inter e escolhe substituto de D'Alessandro Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

21/09/2017 04h00

Dizer que não é fácil substituir D'Alessandro no Inter é uma obviedade. Líder em assistências no Colorado em 2017, o argentino é capitão do time e ídolo da torcida, mas está suspenso para o jogo do próximo sábado em Caruaru, contra o Náutico. E as duas opções que têm o técnico Guto Ferreira mudam sensivelmente a movimentação do time.

Durante os treinamentos realizados até agora, Guto Ferreira deu preferência a Felipe Gutiérrez. O chileno foi titular no início das atividades de terça e quarta-feira. Porém, em ambas Camilo foi utilizado no decorrer do trabalho.

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Para auxiliar na compreensão das mudanças, o UOL Esporte explica o que se altera na movimentação com um ou outro na partida que pode recolocar o Inter na liderança da Série B, às 16h30 (de Brasília), de sábado, no estádio Lacerdão.

Gutiérrez: o 'controlador'

Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Com Felipe Gutiérrez o Internacional se torna mais 'controlador'. O chileno é um central clássico, ou seja, participa tanto da ocupação de espaços defensivos quanto da criação de jogadas. Tem por característica, já salientada por Guto Ferreira, a administração do ritmo de jogo. É um atleta que dosa o momento de tocar para trás ou para o lado e aparecer para receber ou quando é necessário olhar para a linha rival e procurar a enfiada.

A partir da entrada dele, ofensivamente o Internacional será menos incisivo. Trocará a busca pelo gol adversário imediatamente pela posse de bola. Irá rodar atrás da melhor forma de penetrar, não desperdiçará jogadas ofensivas.

Gutiérrez tem ainda um poder de conclusão de média distância e a capacidade defensiva mais apurada que o concorrente pelo lugar no time. Ele marca, inclusive, mais do que o próprio D'Alessandro, porém é mais lento.

Camilo: alegria nas pernas

Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Camilo é um jogador de vocação mais ofensiva. Talvez mais parecido com D'Alessandro do que Gutiérrez. Porém, com algumas peculiaridades.

Diferente do estrangeiro titular do time, o ex-botafoguense ajuda bem menos na marcação. Não tem por preferência recuar em linha no 4-1-4-1 que joga o Inter. É atleta que prefere o bote alto e a pressão ao adversário. Vez por outra, no ímpeto de reaver a bola, acaba abrindo espaço às costas.

Uma vez com ela, Camilo tem 'alegria nas pernas'. É driblador, vertical, incisivo. Um jogador que procura o tempo inteiro abrir a defesa adversária, seja individualmente ou procurando repetidamente a assistência. Com ele em campo, o Inter deixa de ser um time que prime pela posse de bola e o controle territorial. Irá buscar o gol, pura e simplesmente.

Camilo não tem o mesmo poder de conclusão de Gutiérrez nem mesmo a compreensão tática, mas poderá abastecer melhor os jogadores de flanco e, principalmente, Leandro Damião.

Serão dois treinamentos para a escolha definitiva. O primeiro nesta quinta-feira, ainda em Porto Alegre. O último na sexta, já em Caruaru.

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