Botafogo encerra conversas e desiste de atacante que já treinava no clube
Do UOL, no Rio de Janeiro
06/07/2015 13h43
O Botafogo não irá contar com o reforço de Rafael Oliveira para o ataque. Autor de 19 gols na temporada e terceiro maior artilheiro do Brasil em 2015, o jogador já treinava no Engenhão, mas uma série de desacertos contratuais entre o Alvinegro e o Santa Rita-AL, clube dono dos direitos do jogador, cancelou a transferência.
O Botafogo confirma a desistência do negócio, que se transformou em novela durante a última semana. A diretoria carioca alega que as exigências dos alagoanos determinaram o fracasso da negociação.
Veja também
Rafael treinava pelo Botafogo desde a última segunda-feira, mas uma cláusula da negociação impedia o acerto oficial. O Alvinegro queria estabelecer o preço de compra em R$ 300 mil, valor considerado baixo pelo clube alagoano. Houve nova negociação e o valor estabelecido ficou em R$ 1,2 milhão.
O Santa Rita ainda quis incluir cláusulas de rescisão para transferências para o exterior no contrato. O Botafogo, então, decidiu não ceder mais e encerrou as conversas.
Rafael despertou o interesse do Botafogo durante a Copa do Brasil, quando os cariocas encararam o xará da Paraíba. O atacante deu muito trabalho para a equipe e chamou a atenção do técnico René Simões. A diretoria entrou em contato em abril, mas o alto valor pedido inviabilizou a negociação.
Em nova investida, o Botafogo trouxe o atacante ao Rio de Janeiro. Ele treinou, mas não pôde assinar contrato. Havia a expectativa de que Rafael Oliveira pudesse entrar em campo contra o Sampaio Corrêa, algo que não aconteceu. O jovem Luis Henrique ganhou oportunidade e fez dois gols na goleada alvinegra por 5 a 0.
Em entrevista à Rádio Brasil, o Santa Rita afirma que a negociação se desgastou por culpa do Botafogo.
"Foram vários e-mails pra lá e pra cá durante três dias e se perdeu a natureza do contrato. Com todo respeito que tenho ao Botafogo, clube que gosto, mas chegamos a ficar a tarde inteira esperando. Preferi parar de conversar porque a distância do diálogo era grande. Primeiramente, o contrato fixava o preço jogador, sem falar com a gente, em R$ 300 mil. Achamos engraçado e não aceitamos. Tiveram mais mudanças, o negócio foi se desgastando e foi cancelado", explicou João Feijó, presidente do Conselho Deliberativo do clube alagoano.