Base do Sub-23 campeã estadual se torna protagonista no Atlético-PR
Napoleão de Almeida
Colaboração para o UOL
12/09/2018 12h21
Parte como estratégia política, parte como modo de fomentar as revelações da base, o time de aspirantes do Atlético Paranaense aos poucos vai assumindo o protagonismo no elenco principal do clube no Campeonato Brasileiro. Para o jogo desta quinta-feira (13) contra a Chapecoense, atrasado da 20ª rodada do campeonato, mais da metade dos possíveis titulares estava no elenco secundário enquanto os profissionais treinavam com Fernando Diniz.
Até mesmo o técnico atual, ainda considerado interino, Tiago Nunes, comandava o time de aspirantes que levantou o título profissional no Campeonato Paranaense. Pela equipe dele passaram o goleiro Santos – que logo subiu ao elenco principal, os zagueiros Léo Pereira e Zé Ivaldo (que perdeu a vaga de titular para Thiago Heleno contra o Atlético-MG), o lateral-esquerdo Renan Lodi, o volante Bruno Guimarães e o meia-atacante Marcinho. Além deles, o lateral-direito Diego Ferreira, que pode assumir a vaga do suspenso Jonathan, fazia parte daquele time.
Sem poder contar com Nikão, expulso contra o Galo, e ainda Lucho González, Tiago Nunes deve levar a campo uma equipe com seis jogadores que integraram o elenco de aspirantes no Paranaense. A exceção é Zé Ivaldo, que novamente deve perder lugar para Thiago Heleno. Além dos já citados, o Furacão pode ter Rony no lugar de Nikão para o comando do ataque, agora que Bruno Nazário passa por um tratamento no joelho direito. Wellington, suspenso contra o Atlético-MG, deve retornar.
Para 2019, o Atlético já trabalha a mesma estratégia. A equipe que disputa o Brasileiro de Aspirantes sob o comando do ex-jogador Kelly, que compôs a comissão técnica principal com Tiago Nunes. Parte da base utilizada em 2018 segue na equipe, como Demethryus e Weverton. Outros, como Gabriel Baralhas, chegaram como reforço, enquanto a equipe liberou o meia Matheus Anjos para reforçar o Guarani na Série B.
A diretoria atleticana é publicamente contrária ao modelo atual dos campeonatos estaduais e nos últimos dois anos se recusou até mesmo a negociar os direitos de transmissão pela TV dos jogos da equipe. Desde 2013 o clube manda a campo um time com média de idade abaixo dos 23 anos, exceto em 2016, quando foi campeão com o elenco principal. Em 2018, voltou a ganhar o título, o melhor resultado no período com a equipe nominada “aspirante”.
Confronto direto contra o rebaixamento move equipe em Chapecó
Após a derrota em Minas Gerais, o técnico Tiago Nunes voltou a dizer que o principal objetivo da equipe ainda é se afastar do risco de queda. “Nunca deixou de estar presente, sempre nos preocupamos em distanciar da zona de rebaixamento. A gente tem como primeiro objetivo consolidar fora da zona”, disse o treinador, “A gente não pode esquecer que nós chegamos a ser o último colocado. E aí saímos dessa zona incomoda e naturalmente a expectativa vai aumentando. Nós temos que ter os pés no chão. Sabemos que nosso campeonato é se distanciar da zona de rebaixamento e a partir daí tentar construir algo melhor dentro da competição.”
A Chape é a 19ª colocada com 22 pontos; o Furacão está na 14ª posição, com 27. Se vencer, pode assumir até a 10ª posição, de acordo com os critérios.