Estilo de Mano reduz chances de reforço que custou R$ 13,5 mi ao Cruzeiro
Thiago Fernandes
Do UOL, em Belo Horizonte
07/12/2016 06h00
Movimentação é palavra chave para atuar como centroavante no esquema de Mano Menezes. Desde a passagem pela seleção brasileira, quando colocou Neymar na função, o técnico demonstra clara preferência por um camisa 9 que saia com frequência da área e busque alternativas para chegar ao gol adversário.
O problema é que, no Cruzeiro, a predileção do treinador faz com que um alto investimento da diretoria tenha menos chances de atuar. Contratado por 4 milhões de dólares (R$ 13,5 milhões à época) em julho deste ano, Ramón Ábila perdeu espaço por ter menos mobilidade que os outros nomes do setor.
Mesmo que não conte com a preferência do treinador, o argentino é o vice-artilheiro da equipe na temporada. Ele precisou de 28 compromissos para marcar 12 gols – um a menos que o uruguaio Giorgian De Arrascaeta, goleador do time em 2017.
O curioso é que Ábila ostentou o rótulo de titular em 16 partidas sob a batuta de Mano Menezes. Contudo, depois do revés por 2 a 0 para o Grêmio, no duelo de ida da semifinal da Copa do Brasil, o argentino perdeu a condição para um jogador que reúne as características admiradas pelo treinador gaúcho.
Willian passou a ser o homem referência do sistema ofensivo do Cruzeiro. O Bigode Grosso, como é conhecido, já contabiliza seis jogos entre os titulares. E desde que recuperou este status, fez somente um gol.
O treinador, recentemente, explicou a diferença entre os dois: “O Willian tem característica de movimentação, o Ábila precisa mais da equipe. O Willian participa mais da construção, mas pode ser centralizado, deixando. Um é mais de definição, de área, proteção, pivô, o outro é versátil”, comentou.
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