Otero ganha pontos com Marcelo Oliveira e torcida do Atlético-MG
Victor Martins
Do UOL, em Belo Horizonte
15/10/2016 06h00
Otero chegou ao Atlético-MG em julho, numa transação concretizada nos últimos momentos da janela internacional de transferências. Jogador venezuelano que atuava no futebol chileno, o meia desembarcou na Cidade do Galo com a responsabilidade de ser mais uma meia de criação, assim como os também estrangeiros Cazares e Dátolo.
Após quase três meses de Brasil, Otero ainda tem alguma dificuldade com o português. Sempre opta por respostas curtas e ainda com muitas palavras e expressões em espanhol. Mas a dificuldade é apenas na comunicação com a imprensa. Em campo o venezuelano já não mostra dificuldade e parece estar muito bem adaptado ao futebol brasileiro.
Se nos primeiros jogos foram poucos minutos, sempre entrando na etapa final, Otero foi conquistando espaço com os bons treinamentos e boas exibições. E assim o camisa 80 tem sido importante para o Atlético neste Brasileirão. Com ele em campo, o Atlético venceu as duas últimas partidas que disputou, contra Ponte Preta e América-MG.
“Foi um jogo muito bom, não sei se o melhor. Taticamente, marcando o lateral, recompondo. Ele é muito habilidoso”, elogiou o técnico Marcelo Oliveira, que vê Otero forte na briga por uma vaga como titular do Atlético nesta reta final de temporada.
“O Otero está se candidatando, cabe ao técnico observar a produção. Temos um grupo grande, mas cabe observar a produção”, disse o técnico Marcelo Oliveira, que para o jogo contra o Botafogo também tem a opção de escalar Cazares, que retornou da seleção do Equador.
“Temos esses dois dias para observar o que é melhor”, informou o treinador atleticano.
E não é apenas com Marcelo Oliveira que Otero soma pontos importantes. Com a torcida também. O venezuelano tem o futebol reconhecido pelos atleticanos a cada boa apresentação. Em 11 apresentações, o camisa 80 marcou apenas um gol, na derrota para o Fluminense. Falta ainda o gol de falta, grande marca da passagem de Otero pelo Huachipato, do Chile.
Enquanto Otero ganha moral, Cazares vacila e perde espaço. Até entanto titular incontestável com Marcelo Oliveira, o equatoriano ganhou um forte concorrente pela posição e ainda pisou na bola ao chegar atrasado da seleção. Já Otero, mesmo cansado, chegou e jogou.
“O importante contra o América foi a vitória. Estava um pouco cansado por causa da viagem, mas consegui suportar bem em campo”, disse o venezuelano, que duas noites antes estava em Mérida e jogou por mais de 20 minutos na derrota da Venezuela para o Brasil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.