Lesões fazem Atlético-MG perder lateral antes da janela de transferência
Victor Martins
Do UOL, em Belo Horizonte
20/05/2015 06h00
Entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014 nenhum jogador atuou mais pelo Atlético-MG do que o lateral direito Marcos Rocha. Depois de retornar do América-MG, equipe que defendeu por um ano e meio, o jogador revelado pelo clube alvinegro atuou em 155 de 202 partidas que o Atlético disputou no período. Número que corresponde a 77% dos jogos disputados nas três últimas temporadas.
Presença constante em campo e com atuações regulares, Marcos Rocha acabou eleito o melhor lateral direito do Campeonato Brasileiro por três anos consecutivos. Porém, dificilmente vai repetir o feito na atual edição. Além de ser alvo de clubes estrangeiros, o camisa 2 do Atlético tem sofrido com lesões e em 2015 não jogou 50% dos jogos da equipe alvinegra na temporada.
Marcos Rocha atuou somente em 12 das 26 partidas que o Atlético disputou desde janeiro. Na Copa Libertadores, por exemplo, o titular da lateral direita esteve em campo somente três vezes numa campanha de oito partidas. Aliás, a ausência de Marcos Rocha é muito sentida pela equipe alvinegra.
A goleada sobre o Fluminense foi somente a quinta vitória nas 14 partidas que o jogador não atuou por lesão ou por opção do treinador, casos dos duelos com Tombense e Palmeiras, esse último na abertura do Campeonato Brasileiro. Além dos cinco triunfos, sem Marcos Rocha o Atlético ainda empatou três vezes e acabou derrotado em seis jogos, o que dá um aproveitamento de 42% dos pontos disputados.
Número baixo e preocupante, já que o lateral segue em alta no mercado europeu. Apesar de pouco jogar em 2015, Marcos Rocha é o jogador do Atlético mais assediado por empresários estrangeiros. A saída da Cidade do Galo parece questão de tempo, embora a diretoria alvinegra não mostre nenhum desejo em negociar o atleta.
A temporada de lesões de Marcos Rocha começou em fevereiro, quando sofreu um estiramento na parte posterior da coxa esquerda, quatro dias antes da estreia na Copa Libertadores. A recuperação demorou um mês e foram seis jogos no departamento médico. A segunda contusão foi no clássico com o Cruzeiro, quando levou um chute no tornozelo direito. Mais três semanas parado e ausência em quatro partidas.
A última lesão e talvez a mais complicada aconteceu na véspera da decisão com o Internacional. Marcos Rocha sentiu dores na panturrilha esquerda durante o treino de reconhecimento de gramado, no Beira-Rio. Constatado um estiramento, o atleta não tem previsão de retorno. Enquanto isso, Patric vai se firmando na posição.
Elogiado pelo desempenho nas duas últimas partidas, o lateral suplente conta com o prestígio de Levir Culpi. “O Patric é um jogador muito participativo nas coisas do grupo. É muito querido por todos. Tem uma ótima condição física. Tem uma condição técnica boa também. É um cara agressivo. Não tem medo de atacar. Possui muita responsabilidade. É um jogador que pode suprir tranquilamente a ausência do Marcos. Então, nesse aspecto, tem todo o nosso apoio, se for o caso. Eu tenho certeza que estaremos bem servidos”, comentou o treinador.