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Novo rebaixamento abala idolatria palmeirense por Valdivia e Felipão

Scolari e Valdivia não podem mais dizer que são incontestáveis no Palmeiras Imagem: Fabio Braga/Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

18/11/2012 21h45

Dois grandes nomes da história recente palmeirense perderam o rótulo de intocáveis após a queda do time para a segunda divisão do Brasileirão. Para Luiz Felipe Scolari e Valdivia, o ano de 2012 poderia ter durado só até julho. Até aquele mês, o time havia sido campeão da Copa do Brasil e podia cantar para todos ouvirem que, enfim, estava novamente por cima. Cinco meses depois, no dia 18 de novembro, a torcida sofre com o mau retrospecto desta dupla e com o sofrimento do rebaixamento.

Scolari tinha a imagem de vencedor atrelada ao Palmeiras. Com as conquistas da Copa do Brasil (em 1998 e 2012), do Rio-São Paulo (2000), da Libertadores (1999) e da Mercosul (1998), o gaúcho era ídolo incontestável de todos. Apesar de não estar no banco na hora do rebaixamento, o treinador teve sua imagem arranhada por diferentes motivos.

O comandante, por exemplo, chegou a declarar que não abandonaria o barco. No dia de sua saída, no dia 13 de setembro, o presidente Arnaldo Tirone afirmou que o técnico tinha dito que havia chegado a sua hora de sair e contou com a aprovação da diretoria. Mesmo assim, o time paulista precisou pagar multa ao ex-comandante.

Além disso, Felipão também ficou marcado pelas péssimas contratações e pela insistência com nomes que vieram do São Caetano e que geraram até processo contra Edmundo, ex-jogador e comentarista da TV Bandeirantes. Scolari aprovou reforços como Ricardo Bueno, Max Pardalzinho, Daniel Carvalho e Adriano Michael Jackson, entre outros que não vingaram.

O pentacampeão ainda comprou briga com dirigentes, como Roberto Frizzo e Sérgio do Prado, com jogadores, como Wellington Paulista e Kleber, e não escondeu seu receio em promover jovens da base. Assim que saiu, a “escolinha” palmeirense passou a funcionar.

Felipão também chegou a ter entreveros com o também ídolo da torcida Valdivia. O chileno, que levou o Paulistão-2008 e a Copa do Brasil em 2012, chegou até a chamar o ex-técnico de covarde em uma discussão mais áspera que aconteceu na salinha do gaúcho. No fim, a relação entre eles acabou reparada, especialmente após o sequestro-relâmpago sofrido pelo meia neste ano.

O camisa 10, que chegou a fazer uma boa semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, não conseguiu recuperar o status de ídolo de boa parte dos torcedores, que se irritaram, principalmente, com as lesões em sequência e com as notícias de noitadas. Fora dos últimos jogos do Brasileirão, ele ficou fora dos holofotes da queda e, em 2013, pode recuperar sua imagem com os torcedores. 

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