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Com 100% vestindo a 1, Marcelo Grohe sonha em ter no Grêmio único clube da carreira

Marcelo Grohe expõe camisa 100% pelo Grêmio e sonha em ficar sempre no clube Imagem: Bruno Junqueira/Trato.Txt

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

21/07/2012 06h01

Originalidade, criatividade, liderança, ação. Todos estes atributos estão ligados ao número 1 segundo a numerologia. No Grêmio, parece que o estudo se confirma. Desde que passou a vestir tal número, Marcelo Grohe tem 100% de aproveitamento no time gaúcho.

Antes a rotina era: ser chamado às pressas, ir bem, e voltar para o banco. Victor era titular. Até que, há quatro jogos, o clube gaúcho resolveu que era o momento de apostar no suplente. Com a venda de Victor veio a certeza de que o time começaria por ele.

Os primeiros jogos ainda foram com a 12, duas derrotas. Mas depois a sorte sorriu para o atleta de 25 anos, que desde os 12 está no clube. Após muito trabalho, a oportunidade é encarada como um sonho. A alegria evidente no rosto de Grohe o faz revelar um sonho: ter no Grêmio o único time de sua carreira.

Seguindo exemplos de Rogério Ceni no São Paulo e Marcos no Palmeiras, a meta é fazer história no time tricolor, como Danrlei, ídolo de infância. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte ele mostrou todo amor destinado ao clube durante metade de sua vida.

UOL Esporte: Conquistar o direito de usar a camisa 1 do Grêmio é uma vitória pessoal?
Marcelo Grohe: É um objetivo que eu sempre tracei e está se concretizando. Foi uma longa espera, muito trabalho e paciência. Tem que se conquistar a cada dia e a cada jogo. É uma responsabilidade grande e gostosa. Espero poder retribuir o carinho do torcedor com atuações.

UOL Esporte: É uma camisa 100% não é? Nas derrotas [para Atlético-MG, estreia como titular, e Santos] você usou a 12.... Você acredita que é algo mais, de repente uma sorte, algo do tipo...
Marcelo Grohe: Eu nunca fui supersticioso com o número, sempre falei que o importante era estar jogando. Mas é bonito. O goleiro com a 1... É de cada um o número, mas eu acho legal. É bacana. O time começa pelo 1 (risos).

UOL Esporte: Como começou a ligação com o Grêmio? É algo de criança...
Marcelo Grohe: Estou há 12 anos no Grêmio, é meu único clube. Sempre sonhei em jogar aqui. Entrei no ano 2000, e as coisas começam a virar mais realidade. Com isso você acaba criando aquela expectativa. Hoje, prestes a completar 100 jogos [Marcelo tem 96 jogos], olho para trás e vejo que tudo valeu a pena. Dediquei parte da minha adolescência ao Grêmio. Só estudava e treinava. Este momento é o da consagração do trabalho.

Jogador de um clube só

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Falando de coração aberto, seria uma emoção muito grande. Um único clube em que vou trabalhar. Quero muito isso

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UOL Esporte: Em 2006 chegaste a ter chances. Te consideras mais experiente e pronto agora?
Marcelo Grohe: Subi com 18 anos, com 19 já estava jogando. Para goleiro é muito cedo. Na época surgiu a oportunidade. Fomos campeões gaúchos e classificamos para a Libertadores, acho que fiz um bom papel. Mas na época o Grêmio julgou que era melhor contratar um goleiro mais experiente. Mas nunca desanimei, procurei a trabalhar e tudo que passei foi experiência para quando chegasse o momento. Tudo que aprendi ponho em prática agora.

UOL Esporte: Goleiro é uma posição em que é possível permanecer mais tempo em um clube. Temos exemplos como Rogério Ceni no São Paulo, Marcos no Palmeiras... Este é teu objetivo no Grêmio, poder permanecer a carreira toda?
Marcelo Grohe: Eu particularmente gosto muito disso. Acho que goleiro tem mais facilidade em construir isso do que um jogador de linha. Ele fica mais tempo no clube. É um objetivo que eu tenho. Ficar, fazer um pouco do que fez o Danrlei pelo Grêmio. E outros que tiveram tanto tempo nos clubes. É uma identificação boa que eu quero conquistar.

UOL Esporte: Seria uma carreira de um clube só...
Marcelo Grohe: Olha... Falando de coração aberto, seria uma emoção muito grande. Um único clube em que vou trabalhar. Quero muito isso, essa afirmação. O futuro a Deus pertence, mas seria uma emoção muito grande para mim e toda minha família.

Parceiro de apê de Cássio

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Super gente boa, tranquilão assim. Apesar de ser goleiro e ter a questão da disputa por posição, nos dávamos super bem e nunca tivemos problemas. Ele é um cara bem reservado

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UOL Esporte: Quando você entrou em campo para ser titular após a venda de Victor, o estádio inteiro gritou seu nome mesmo com a saída de um ídolo. O que você sentiu?
Marcelo Grohe: Só tenho a agradecer aos torcedores pelo apoio. Quando entrei foi emocionante. O Busatto [goleiro reserva] comentou que se arrepiou todo, eu também, o professor Rogério [Godoy, preparador de goleiros] também. Foi muito legal e sabemos que precisamos do apoio da torcida para as coisas acontecerem naturalmente.

UOL Esporte: Você surgiu junto com o Cássio, hoje no Corinthians. Segue mantendo contato com ele?
Marcelo Grohe: A gente mantém uma amizade muito boa, passei muitos anos com o Cássio, ele tem a minha idade, morei com ele, dividimos apartamento e depois ele foi embora [para o PSV, da Holanda]. No jogo do Corinthians falei com ele, parabenizei, desejei sorte, mandei mensagem de celular para ele nas finais da Libertadores. É um amigo que se faz no futebol, como o Victor. Sempre torço por eles. Quando é possível conversamos, mantemos este contato. Mas a rotina do futebol deixa tudo mais difícil, sempre estamos jogando aqui e ali.

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