Ferrari já cogita transformar Sauber em 'equipe satélite' na Fórmula 1

A renovação do acordo de fornecimento de motores entre Ferrari e Sauber deve garantir mais do que novos propulsores para a equipe suíça.

De acordo com o próprio presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, a Sauber poderá se tornar uma espécie de “equipe-satélite” da escuderia italiana. Desta forma, o time criado por Peter Sauber trabalharia, entre outras funções, como uma incubadora de pilotos formados pelo programa de desenvolvimento de talentos da Ferrari.

“É uma excelente ideia, algo em que temos trabalhado. Precisamos de espaço, porque temos uma dupla de jovens pilotos que é excepcional. Precisamos achar um espaço para construir as bases sólidas da Ferrari do futuro”, disse Marchionne à imprensa italiana.

A dupla citada pelo dirigente é formada pelo italiano Antonio Giovanazzi e pelo monegasco Charles Leclerc. O primeiro disputou duas provas da temporada 2017 da F-1 pela Sauber como substituto de Pascal Wehrlein, enquanto o segundo participa dos testes de intertemporada pela própria Ferrari, além de liderar a atual temporada da Fórmula 2.

O rumor dá força à permanência da dupla Sebastian Vettel e Kimi Raiikkonen em 2018 na Ferrari – o finlandês é alvo de boatos a respeito de seu adeus à escuderia. Caso se confirme o acerto, a Sauber ganha terreno em uma concorrência com a Haas – hoje, equipe cliente da Ferrari e detentora de motores iguais aos utilizados pela equipe italiana.

Marchionne, porém, afirma que as clientes da Ferrari no grid não devem ser prejudicadas. Segundo o dirigente, a fabricante pretende manter uma rede de equipes contando com seus motores. Desta forma, além de Haas e Sauber, a Ferrari poderá equipar os carros de eventuais novos times.

“Maurizio (Arrivabene, chefe de equipe da Ferrari) tem trabalhado duro nos últimos meses. Indo além, nós expandiremos o número de equipes clientes. Com a Liberty Media e com a FIA, nós temos um compromisso de dar apoio às equipes que virão. Quanto mais, melhor para nós”, assegurou.