McLaren deve ficar com motor Honda depois de ver portas fechadas nos rivais
Julianne Cerasoli
Em Londres (Inglaterra)
19/07/2017 08h55
As opções de a McLaren conseguir um novo parceiro para substituir os motores da Honda parecem ter diminuído. Sondada pelo time, a Ferrari indicou não estar interessada em fornecer propulsores para os ingleses na próxima temporada.
A McLaren tem contrato vigente com a Honda, mas busca alternativas, pois os japoneses estão em sua terceira temporada após o retorno à Fórmula 1 e ainda enfrentam dificuldades para competir com os demais e o time ocupa atualmente a lanterna do campeonato.
A primeira opção da McLaren fora a Mercedes, que também indicou não ter a intenção de retomar uma parceria que durou 20 anos. Na última etapa, em Silverstone, os dirigentes da McLaren foram vistos conversando também com a Renault.
Segundo o diretor executivo Zak Brown, não é do interesse dos rivais ver a McLaren mais forte, uma vez que os engenheiros estão seguros de que têm um carro suficientemente competitivo para lutar por vitórias com um motor melhor.
“Somos uma grande equipe e a McLaren mostrou que pode vencer corridas e campeonatos”, disse à emissora de televisão "Sky Sports". “Mas acho que várias equipes gostam de nos ver na situação em que estamos hoje. Eles temem que possamos voltar e ser uma ameaça, medo que é compreensível.
Segundo o dirigente, uma decisão a respeito do fornecimento de motores para o ano que vem deve ser tomada nos próximos meses. “Conversamos com a Honda sobre vários cenários diferentes. No final das contas acreditamos que a Honda pode se acertar, como fizeram no passado", apontou.
Porém, Brown cobra uma solução rápida da fábrica japonesa. "Precisamos nos certificar de que o desenvolvimento seja rápido. Estamos começando a trabalhar no nosso carro de 2018 agora e não dá para demorar muito para saber qual a arquitetura [de motor] que usaremos. Então acho que no verão [no hemisfério norte], que obviamente não está longe, precisamos finalizar o que estamos fazendo com a Honda. Não podemos continuar a ser pouco competitivos - não é para isso que a McLaren compete”, disse.
Após 10 etapas disputadas, a McLaren tem apenas dois pontos conquistados.