Em meio a problemas da McLaren, diretor executivo da Honda deixa o cargo
Do UOL, em São Paulo
23/02/2015 13h22
Se a situação da Honda dentro da pista na Fórmula 1 é ruim, fora da pista não é muito melhor. Nesta segunda-feira, a montadora anunciou que Takanobu Ito, diretor-executivo da empresa desde junho de 2009, deixará o cargo em junho por conta de problemas em sua gestão.
Ito, um dos responsáveis pelo retorno da Honda à F1, não resistiu à pressão pelas denúncias de defeitos em airbags nos carros de passeio da marca, que provocou o recall de milhões de veículos em todo o mundo. Em determinados veículos, a peça se inflava com muita força, provocando explosões e projetando fragmentos metálicos nos ocupantes dos carros.
O CEO deixará o cargo em junho e será realocado a um posto de assessor da direção. O substituto de Takanobu Ito à frente da Honda já foi definido: trata-se de Takahiro Hachigo, ex-vice-presidente da Honda na China.
Hachigo será encarregado, entre outras funções de dar explicações a respeito dos problemas do motor da McLaren MP4-30, além de exigir mudanças na relação com a equipe.
Ito esteve presente a todos os eventos e apresentações oficiais da McLaren nos últimos meses, e demonstrava otimismo com a unidade de potência do MP4-30. Além disso, foi um dos defensores da contratação de Fernando Alonso por parte da equipe.
Em nota oficial, a assessoria de imprensa da Honda explicou a saída do presidente. "Takanobu Ito, esteve na presidência da Honda Motor Co. por mais de 6 anos, período médio estabelecido pela corporação para permanência na posição. Durante sua gestão, Ito acumulou muitas conquistas, atuando globalmente no desenvolvimento de novas tecnologias e na expansão dos negócios de automóveis em países como Tailândia, China, Índia, Indonésia e Brasil, onde está em construção a segunda fábrica de automóveis, na cidade de Itirapina, no interior de São Paulo. O executivo também foi responsável pelo retorno da Honda à Formula 1 como fornecedora de motores da McLaren, reestabelecendo a lendária parceria", disse.