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Ex-presidente da FIA flagrado em 'orgia nazista' exige que Google bloqueie fotos

Max Mosley, ex-presidente da FIA envolvido em escândalo sexual há quatro anos Imagem: AFP PHOTO/Pablo PORCIUNCULA

Das agências internacionais, em Berlim (ALE)

28/09/2012 11h54

O britânico Max Mosley, ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), entrou com uma ação em um tribunal de Hamburgo, na Alemanha, para exigir que o buscador Google bloqueie fotos suas no meio de uma orgia com temática supostamente nazista. As imagens vazaram há quatro anos e foram divulgadas por tabloides britânicos.

Mosley, de 72 anos, foi flagrado em 2008 por uma câmera escondida que mostrou uma orgia sadomasoquista com prostitutas vestidas de militares e prisioneiros. O tabloide News of the World divulgou as imagens e o depoimento de uma das mulheres, que confirmou ter sido obrigada a usar roupas e acessórios nazistas.

O ex-presidente da FIA negou que a orgia teve inspiração nazista, e chegou a ganhar uma ação na Justiça contra o News of the World, que o pagou uma indenização de 75 mil euros (R$ 195 mil).

Na audiência em Hamburgo, o próprio tribunal considerou ilegal a difusão das imagens comprometedoras, e os advogados de Mosley sugeriram que o Google usasse um software para filtrar as fotos e evitar o acesso a elas no buscador.

No entanto, os representantes do Google afirmaram que não é possível atender a esse pedido, porque seria um “ato de censura inviável” e, além disso, abriria precedentes para que qualquer usuário fizesse a mesma solicitação.

Os advogados de Mosley rebateram e disseram que a medida seria um precedente favorável “a todas as pessoas que não podem se defender como ele”, e consideraram que a filtragem do conteúdo é “tecnicamente possível”.

O tribunal só divulgará a sentença no ano que vem, mas adotou postura favorável a Mosley. O juiz lembrou que o Google já tem um mecanismo para bloquear conteúdo de pedofilia, e discordou dos advogados do buscador, que disseram que a corte de Hamburgo não teria competência para julgar o caso porque o dirigente é britânico e o a empresa é sediada nos Estados Unidos. 

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