Médicos da Austrália querem proibir boxe no país após morte de pugilista
Do UOL, em São Paulo
15/09/2015 12h04
A Associação Médica da Austrália (AMA) quer que o boxe seja proibido no país após a morte de um pugilista de 28 anos nesta segunda-feira. Davey Browne Jr. foi nocauteado em uma luta no final de semana e deixou o ringue insconsciente. Dias depois, hospitalizado, foi declarado morto.
“Um soco pode matar – seja do lado de fora de um bar na noite de sexta ou em um ringue de boxe. E isto é o que provoca o fim de jovens vidas de forma tão traumática”, disse Stephen Parnis, vice-presidente da AMA, segundo a rede de TV australiana ABC.
“Esta é uma tragédia terrível para um jovem com uma família, mas o fato de isto (morte) ser totalmente evitável deixa apenas um sabor amargo. Da forma como o boxe é concebido, sempre haverá momento em que alguém inevitavelmente sangrará ou sofrerá danos irreversíveis no cérebro, e até morrerão. É por isso que a AMA acredita que não podemos continuar com isso (boxe)”, completou.
Na última semana, Davey Browne Jr. enfrentou o flilipino Carlo Magali em um combate pelo cinturão continental dos superpenas (até 59 kg) da Federação Internacional de Boxe (IBF). A 30 segundos do fim do 12º round, o australiano foi nocauteado. Com dificuldades para se recuperar no ringue, foi levado ao hospital, onde graves lesões cerebrais foram diagnosticadas.
Foi a segunda morte de um boxeador australiano após luta em 2015. Em março, Brayd Smith faleceu por conta de lesões decorrentes do combate com John Vincent Moralde, também das Filipinas.