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Após seis horas de audiência, decisão sobre fiança de Oscar Pistorius é adiada novamente

Pistorius ficou de cabeça baixa durante boa parte da audiência desta quinta-feira Imagem: AFP PHOTO / ALEXANDER JOE

Do UOL, em São Paulo

21/02/2013 11h17

O caso Oscar Pistorius continua sem um final: após mais de seis horas de audiência nesta quinta-feira, a decisão sobre se o atleta poderá responder às acusações do assassinato da namorada Reeva Steenkamp foi adiada novamente. Uma nova audiência foi marcada para às 4h (de Brasília) da próxima sexta-feira: será a quarta audiência para julgar se Pistorius ficará livre sob fiança.

O dia foi de discussões ríspidas no tribunal da cidade de Pretória, na África do Sul. O principal mote foi a revelação de que Hilton Botha, principal investigador do caso, é acusado de sete tentativas de assassinato. Os promotores pediram a retirada de Botha do caso. Apesar disso, foi decidido que isso não influencia o caso Pistorius, e será ignorado no julgamento.

Novamente, o atleta paraolímpico ficou de cabeça baixa durante a maior parte da audiência, como tem sido constante desde o início das sessões. Ele também chorou sempre que o nome de Reeva era citado.

Seus advogados de defesa chegaram a declarar que "não viam razão" para que Pistorius ficasse detido, já que não foi provado de nenhuma maneira que o assassinato foi premeditado, como acusam os promotores. Apesar os investigadores não negarem essa situação, a opção foi pelo adiamento.

A acusação chegou a argumentar sobre uma suposta casa na Itália que seria de posse de Pistorius e que, por ter residência em outro país, ele poderia fugir da África do Sul. Porém, a defesa afirmou que a casa não pertence ao atleta, e que está apenas alugada.

O taco de críquete encontrado coberto de sangue na cena do crime - o banheiro da casa de Pistorius - também foi citado na audiência desta quinta. Foi decidido, após exames, que ele não foi usado para o crime, nem para defesa de Steenkamp. O sangue teria apenas espirrado após os tiros.

Os advogados ainda alegam que Pistorius teria confundido Reeva com um invasor, e que isso motivou os tiros. Os promotores resolveram dar o "benefício da dúvida" ao atleta, e isso também colaborou com novo adiamento.

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