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Comitê Paraolímpico refuta perda de prestígio com prisão de Pistorius e cita brasileiro

Das agências internacionais, em Londres (Inglaterra)

19/02/2013 13h44

O presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, Philip Craven, se pronunciou nesta terça-feira sobre a prisão de Oscar Pistorius, acusado de assassinar a namorada Reeva Steenkamp. O dirigente negou que o envolvimento do principal expoente do esporte paraolímpico na morte da modelo possa diminuir o interesse de deficientes e citou o brasileiro Alan Fonteles como exemplo para as novas gerações.

“Sim, hoje todos estamos discutindo essa terrível tragédia na África do Sul. Mas o movimento paraolímpico está muito vivo e bem”, disse Craven, em entrevista à Reuters. “Se você olhar para o que Alan Fonteles fez em Londres e o que pode fazer nos próximos Jogos, no Brasil, acredito que você já tem um individuo que ainda será muito comentado”.

Conhecido como "Blade Runner" foi o primeiro atleta amputado das duas pernas a competir em uma Olimpíada e se tornou uma grande referência para os atletas com deficiência. Em Londres, ele alcançou as semifinais da prova dos 400 m - ele também fez parte da equipe de revezamento 4x400 m da África do Sul.

Pistorius ainda conquistou seis medalhas de ouro em três edições das Paraolimpíadas. Em Londres foram dois títulos (400m na categoria T44 e 4x100m na T42-T26) e uma prata, quando acabou superado pelo brasileiro Alan Fonteles nos 200m.

“Pistorius teve um imenso impacto para a Paraolimpíada e para o mundo esportivo. Ele queria correr contra os homens mais rápidos do mundo”, comentou Craven. “Fui perguntado em Londres sobre o efeito de Pistorius e respondi ‘ouça, existem 4.200 atletas vindo a Londres e cada um deles reúne grandes performances e incríveis histórias pessoais para contar”.

“Este não é apenas um show de Pistorius. E o interessante agora é que, ao invés de apenas um foco, teremos [atenção] a muitas estrelas do esporte paraolímpico ao redor do mundo.

O dirigente também negou que a atenção negativa do caso Pistorius possa abalar o relacionamento com patrocinadores para a criação de novas competições paraolímpicas em 2013, entre elas a realização de uma Liga Diamante de atletismo.

“Temos mantido contato com nossos patrocinadores e eles realmente estão sabendo diferenciar a performance de atletas paraolímpicos e esta tragédia na África do Sul. Nossos patrocinadores estão conosco. Teremos um ano de Mundiais em muitos esportes e será uma grande oportunidade do esporte paraolímpico voltar às telas de TV”, afirmou o dirigente.

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