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ONG forma 1.800 jovens para o mercado de trabalho durante a pandemia em MG

Após fazer o curso, Giovane sonha em seguir empreendendo na área de fotografia Imagem: Instituto Ramacrisna/Divulgação

Giacomo Vicenzo

Colaboração para Ecoa, de São Paulo

02/05/2022 06h00

A capacitação profissional é um passo importante para conseguir um emprego ou ainda se manter ativo no mercado de trabalho. A crise econômica decorrente da crise sanitária provocada pela pandemia de covid-19 fechou muitos postos de trabalho e trouxe insegurança principalmente para jovens que procuram seu primeiro emprego.

No ano passado, o Instituto social sem fins lucrativos Ramacrisna, que tem sede em Betim, Minas Gerais, e que atua em 13 municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, aumentou em mais que o dobro o número de formados em seus 26 cursos oferecidos, que têm em sua grade disciplinas, como audiovisual, robótica, estética, soldagem, operador de computador.

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Pandemia despertou a solidariedade

Para Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto, a chegada do período difícil também solidarizou muitos empresários e instituições, que contribuíram com a ONG, que pode aumentar a sua oferta de vagas de ensino.

"A pandemia despertou a solidariedade em muitos empresários e por essa razão obtivemos novos parceiros que possibilitaram ampliar o número de cursos oferecidos. Em relação ao ano de 2020, em 2021 houve um aumento de 198% no número de qualificados, o que representa 1.833 jovens aptos para o mercado de trabalho", afirma Bottaro.

Os cursos são gratuitos e destinados a jovens e adultos em vulnerabilidade financeira e social. Além do ensino, os alunos recebem uniformes e materiais de apoio. O aumento da adesão, de acordo com a vice-presidente, também se deve à possibilidade de fazer alguns módulos de forma remota.

"Os cursos realizados em modalidade híbrida (presencial e virtual) continuaram a ser ministrados em 2021, mas apenas o virtual recebeu mais demanda, talvez em razão de não existir o gasto com o deslocamento", acredita Bottaro.

Renda extra e caminho para empreender

Ensino a distância adotado na pandemia ajudou a aumentar em mais de 198% o número de formados Imagem: Instituto Ramacrisna/Divulgação

Para Giovane Meira, 27 anos, líder de equipe em uma empresa de limpeza técnica privada, conhecer a instituição e cursar o módulo de iniciação à fotografia foi a chance de conseguir alguma renda extra e de criar a oportunidade de trabalhar apenas com o próprio negócio.

"O ponto que mais chamou minha atenção foi a parte de controle de luz. O curso que fiz foi mais que uma inicialização de fotografia, mas sim uma qualificação profissional porque aprendi muita coisa", conta Meira.

"Tenho um estúdio voltado para música onde já tinha feito um grande investimento. Porém, não tinha noção alguma de como fazer edições. Depois do curso, consigo fazer fotografias e trabalhar minhas edições. Ganhei uma nova profissão", completa o jovem.

Já Júnior Gomes, 36 anos, agora empresário e dono de uma serralheria, ainda se lembra da importância do curso de soldagem em sua trajetória. "Realizei o curso há alguns anos, tentei a oportunidade em algumas empresas, mas não consegui entrar na área. Então, decidi montar o meu próprio negócio", conta.

Gomes agora procura um auxiliar para ajudá-lo em seu negócio dentro do próprio Instituto Ramacrisna, local onde aprendeu a dar os primeiros passos para as habilidades que hoje lhe são úteis em sua profissão.

"Quem estuda no Ramacrisna se forma sabendo fazer tudo, esse é o motivo principal de procurar um profissional na instituição. Estou tratando com um rapaz que está prestes a se formar no curso de soldagem, só não fechei ainda por questões burocráticas na minha empresa", comenta Gomes.

A ONG aceita doações e Interessados em apoiar o Instituto Ramacrisna podem doar diretamente pelo site da instituição. Basta acessar e entrar na aba 'como ajudar'.

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