É preciso mais do que amor à causa para se manter motivado a mudar o mundo. Gostar do dia a dia do que se faz é fundamental, segundo ele. O jeito que encontrou para conciliar seus valores à formação profissional clássica veio por meio do altruísmo eficaz: "eu gosto de poder olhar para as grandes áreas e entender onde posso causar impacto, fazendo o que eu sei fazer bem, que é administrar empresas."
A realidade de criar algo diferente não vem sem desafios. Ainda é necessário mostrar resultados financeiros para justificar a existência de uma oganização, por exemplo. Surgiram também questões muito humanas."Como profissionais, estamos acostumados com empresas que nos ponham pra baixo, sempre devendo produtividade. Isso leva as pessoas a acharem que precisam consertar alguma coisa nelas mesmas."
Fazer o feijão com arroz e operar dentro do padrão vem com certa facilidade. Existem mais referências, padrões de comportamento esperados. "Algumas pessoas estranharam quando não recebiam feedback negativo e uma lista de coisas 'ruins' a melhorar." Os novos processos tiveram uma curva de aprendizado grande. Para ele, foi e continua sendo um processo que vale a pena. "Não seguir os caminhos tradicionais profissionalmente é muito vulnerável. Mas quando começamos a fazer escolhas pela felicidade das pessoas, e não só pela produtividade, passou a dar certo."
Hoje, o GFI Brasil conta com 12 funcionários, além de diversas parcerias com institutos de pesquisa, empresas de todos os tamanhos e órgãos do governo federal. "Meu sonho é que daqui a 10 anos, o que a gente tenha se tornado tenha sido construído por muitas pessoas, porque essa somatória é muito maior do que eu."
A missão é trazer opções mais saudáveis de forma acessível para o prato dos brasileiros, diminuindo o impacto ambiental e incluindo todo mundo na geração de empregos em uma nova economia."Eu vejo meu papel menos como de determinar o que vai acontecer no futuro e mais de criar condições para cada um dar o melhor de si e vencer os fatores limitantes que nos foram impostos." E, com a contribuição de Gus, cada vez mais pessoas estão se envolvendo na concretização deste sonho. "Eu trago a visão, eu ajudo a conduzir, mas no fim das contas eu quero que o futuro tenha a cara de muita gente."