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VW só deve incluir Brasil em 2ª fase de investigação sobre fraudes

<br>Alberto Alerigi Jr.<br>Paula Arend Laier

Em São Paulo (SP), com redação do UOL

29/09/2015 13h20

A investigação interna da Volkswagen sobre o escândalo de fraude de testes de emissões de poluentes deve ser estendida ao Brasil, mas ainda vai demorar para responder se o único modelo comercializado no país com motor a diesel da família EA189, a picape Amarok, também possui índices de óxidos de nitrogênio manipulados.

Na primeira manifestação oficial de um representante da montadora no país desde que o escândalo eclodiu, o diretor de assuntos governamentais da marca, Antonio Megale, ressaltou que o Brasil só deve entrar na investigação global da Volkswagen em uma segunda fase do processo.

Segundo ele, isso acontece porque o país proíbe a venda de carros de passeio a diesel e, por não ter tanto volume, não é foco tão importante da fraude, que ameaça gerar prejuízo bilionário ao grupo entre multas, indenizações e quedas nas vendas e no valor da marca. A prioridade é concentrar esforços nos mercados dos Estados Unidos e Europa.

"A princípio, não temos no Brasil esse dispositivo. Não há confirmação ainda", disse Megale a jornalistas nesta terça-feira (29), durante um fórum automotivo. O diretor insistiu que a divisão brasileira ainda não sabe se será ou não afetada pelo caso.

A Amarok 2.0 TDI comercializada aqui vem da Argentina, porém com motor importado da Alemanha. Segundo a Fenabrave (associação das fabricantes), o utilitário foi responsável por quase 84 mil emplacamentos desde seu lançamento, em 2010, até agosto de 2015. Todas as unidades são turbodiesel. 

Amarok vende versões com motor 2.0 turbodiesel no Brasil; picape vem da Argentina, mas produção conta com motores importados da Alemanha, país onde grupo já admitiu ter fraudado dados de emissão de poluentes usando um software Imagem: Ivan Ribeiro/Folhapress

Ibama em passos lentos

Na sexta passada (25), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) anunciou abertura de investigação própria contra a Volkswagen, afirmando que poderia impor multa de até R$ 50 milhões e exigir abertura de um recall de veículos da companhia.

Megale afirmou que a fabricante ainda não foi notificada oficialmente pelo órgão. A UOL Carros, na segunda (28), um membro do instituto admitiu que a investigação se encontra em estágio incipiente, e que sequer foi estabelecido um prazo para que a montadora se manifestasse.

"Primeiro a Volks precisa responder se o software está ou não nas unidades vendidas aqui, para depois sabermos que medidas tomar", disse. 

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