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Superelétricos de Audi e Porsche querem andar 500 km sem recarga

Com três motores elétricos que podem ser recarregados até por indução, e-tron quattro Concept chega a 503 cv e tem autonomia de 497,6 quilômetros Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP), com Reuters

14/09/2015 20h10

O mercado de carros elétricos de alto desempenho começa a ser um grande campo de batalha entre as marcas de veículos de luxo. No Salão de Frankfurt 2015, Audi e Porsche lançaram modelos para desafiar a pioneira americana Tesla, única fabricante a ter relativo sucesso no segmento, oferecendo modelos com custo relativamente reduzido e boa autonomia.

As rivais do grupo Volkswagen querem levar a concorrência a um novo patamar: no evento de seu país de origem, apresentaram dois conceitos de "superelétricos" que, muito além de potência, prometem autonomia próxima dos 500 quilômetros, algo que muitos esportivos movidos a combustão não conseguem entregar.

e-tron quatro Concept

No caso da Audi, o e-tron quattro Concept sugere um SUV compacto munido de três motores elétricos (um dianteiro, dois traseiros) que, combinados, rendem até 503 cv de potência e 81,6 kgfm de torque. A autonomia estimada é de 497,6 km. A recarga poderá ser feita por carregadores convencionais ou até mesmo sem fio, por indução.

A versão de produção do modelo deve chegar ao mercado em 2018. 

SUV também inaugura nova possível identidade visual da Audi, incluindo grade frontal maior, faróis extremamente afilados lanternas traseiras unificadas Imagem: Murilo Góes/UOL

Mission E

Já a Porsche mostrou o Mission E, protótipo de sedã, aproveita a tecnologia do 919 Hybrid LMP1, que levou a marca a vencer as 24 Horas de Le Mans em 2015, para entregar quase 600 cv e fazer o 0-100 km/h em menos de 3,5 segundos. 

Tudo isso com uma bateria que possui alta capacidade de regeneração de frenagens, capaz de chegar a 497 km de autonomia e de ter 80% de sua carga preenchida em até 15 minutos, por meio de um "supercarregador" de 800 Volts. 

Futurista, Mission E também antecipa novos caminhos estéticos da Porsche Imagem: Murilo Góes/UOL

Impactos no mercado

Até o momento, consumidores têm rejeitado os veículos elétricos por conta dos altos preços e da autonomia limitada, especialmente porque, mesmo em países mais avançados, a estrutura de recarga ainda é incipiente.

Entretanto, analistas preveem que as vendas devem subir substancialmente até o fim da década, e é aí que Audi e Porsche tentam se antecipar.

O impacto que os "superelétricos" alemães terão sobre a Tesla ainda não está claro, de acordo com especialistas. Uma coisa é fato: duas marcas famosas como as alemãs tendem a aumenar não apenas pela atenção dos mais ricos e ambientalmente conscientes, como também a credibilidade de todo o mercado de carros elétricos.

Nesse ponto, em vez de ser afetada negativamente, a Tesla pode acabar até mesmo sendo beneficiada.

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