Desempenho de Brasil e América do Norte afeta lucro trimestral da Fiat
A Fiat divulgou nesta quarta-feira (30) uma queda no lucro operacional do segundo trimestre.
Prestes a concluir uma fusão com a americana Chrysler, criando o sétimo maior grupo automotivo do mundo, a montadora italiana informou disse que o lucro acumulado de abril a junho, antes de juros e impostos e incluindo itens especiais, ficou em 961 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões), resultado abaixo dos 1,07 bilhão de euros (R$ 3,2 bilhões) registrados um ano antes.
Já o lucro líquido caiu em mais de 50%, para 197 milhões de euros (R$ 588 milhões), ante 435 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) aferidos em 2013. Segundo a marca, este número, em específico, foi atingido por um aumento dos encargos fiscais com os ganhos nos Estados Unidos, agora sujeitos à tributação diferida. Assim, o lucro operacional naquela região sofreu queda de 18%, mesmo com aumento de 7% na receita.
A América Latina, que costumava responder por cerca de um quarto do lucro da Fiat, teve desempenho ainda pior do que o previsto. O impacto do euro mais forte perante as moedas locais, e a desaceleração do mercado no Brasil já haviam levado a prognósticos negativos, mas a baixa de 23% foi maior do que o esperado por analistas.
Mesmo assim, as vendas globais subiram para 23,3 bilhões de euros (R$ 69,5 bilhões), 1 bilhão a mais do que um ano antes, impulsionadas por aumentos de dois dígitos na Ásia e pelas marcas de luxo da empresa, incluindo Ferrari e Maserati. Já na Europa, o grupo quase alcançou o equilíbrio entre despesas e receitas, ajudado por vendas da família 500 e dos novos Fiat Ducato e Jeep.
A dívida líquida ficou em 9,7 bilhões de euros no final de junho (R$ 28,9 bilhões), recuo de 226 milhões de euros (R$ 675 milhões) em relação a marco. No balanço, a Fiat também confirmou a manutenção de suas metas para o fim do ano.