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Engenheiro da GM diz que esqueceu de alterar ignição defeituosa de carros

<br>Aurindom Mukherjee<br>Peter Henderson

Em Detroit (EUA)

29/05/2014 09h06

Um engenheiro suspenso da General Motors, que trabalhou no projeto de miolos de ignição agora afetados pelo recall gigantesco, disse em depoimento do ano passado a encarregados da investigação no Congresso norte-americano que esqueceu de ter ordenado uma mudança no mecanismo da ignição, segundo o jornal "The New York Times".

Engenheiro da GM admitiu ter feito confusão em caso da ignição defeituosa Imagem: Divulgação

Citando pessoas que participaram da sessão no Congresso, o Times aponta que Ray DeGiorgio teria omitido informações dos encarregados pelo inquérito, sugerindo que a presidente-executiva Mary Barra sabia sobre a ignição defeituosa antes de assumir o comando da companhia.

Em seu depoimento a deputados e senadores, em abril, Barra pediu desculpas publicamente pelo caso, mas afirmou não tinha conhecimento da falha antes de assumir o cargo, em janeiro. Recentemente, a montadora foi multada em US$ 35 milhões por ter adiado a convocação dos modelos defeituosos em mais de dez anos.

Em outro depoimento no ano passado, em um processo relacionado a um acidente fatal em 2010, na Geórgia, DeGiorgio negou que sabia sobre a mudança. O New York Times relatou que ele disse recentemente aos encarregados pelo inquérito que, no momento do depoimento, ele havia esquecido sobre a mudança, pois ela fazia parte de um pacote de mudanças.

Presidente da GM faz juramento antes de CPI: "vamos buscar um meio de compensar as famílias" Imagem: Jonathan Ernst/Reuters
Engenheiro-chefe, DeGiorgio foi suspenso pela GM no dia 10 de abril. Ele projetou o sistema de ignição para o Saturn Ion de 2003 e outros modelos, incluindo o Chevrolet Cobalt. Todos foram chamados no recall que afetou quase 3 milhões de carros. A GM ligou 13 mortes a acidentes relacionados à chave de ignição.

A chave de ignição defeituosa foi reprojetada em 2006 sem uma mudança no número da peça, o que mais tarde confundiu encarregados pelo inquérito que averiguavam os acidentes dos carros agora chamados para recall. Os encarregados apresentaram um documento interno da GM mostrando que DeGiorgio havia autorizado a mudança em abril de 2006.

A General Motors não estava disponível para comentários fora do horário comercial regular.

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