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Maverick da Vasp: como carrão da Ford virou barganha por causa de sogra

Imagem: Arquivo pessoal

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

02/03/2024 04h00

Dono de uma das maiores coleções de Ford Corcel no Brasil, o médico Sergio Minervini também possui carros antigos de outras marcas e modelos.

Conhecido como Doutor Corcel, o colecionador de 63 anos mantém em seu acervo, na região central da capital paulista, um exemplar do Ford Maverick cheio de histórias para contar.

Minervini recorda que o seu Maverick azul Turquesa Laguna Super Luxo 1975 com apenas 30 mil km rodados foi uma verdadeira pechincha e sua aquisição envolveu, segundo ele, muita negociação.

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Segundo o médico, o cupê com motor de quatro cilindros pertenceu a um ex-piloto da Vasp, companhia aérea que foi à falência há mais de dez anos.

As tratativas para a compra do bólido, no entanto, começaram bem antes disso, na década de 1980 - e tiveram como impulso uma espécie de conflito familiar.

"Esse Maverick era o xodó do piloto, só que a mulher dele não gostava do carro porque o marido sempre usava o cupê para visitar a mãe no interior de São Paulo", conta Sergio

Minervini acrescenta que, naquela época, o ex-funcionário da Vasp chegou a comprar um Ford Escort XR3 novinho para agradar a companheira, mas nem assim as reclamações cessaram. Foi então que o antigo dono decidiu abrir mão do Maverick azul.

"Era a segunda metade dos anos 1980 e o proprietário pedia algo em torno de 18 mil cruzados pelo carro. Eu queria fechar negócio, mas não tinha tanto dinheiro".

De acordo com o Doutor Corcel, o piloto "insistiu" na venda e disse que aceitaria metade da pedida original. Ainda assim, os valores ainda estavam bem distantes das condições financeiras do médico.

Preço de ocasião

Ford Maverick 1975 azul mantém cerca de 30 mil km no hodômetro e divide espaço em coleção dedicada ao Corcel Imagem: Arquivo pessoal

Sergio manteve as esperanças de um dia colocar o Maverick em sua garagem e começou a juntar dinheiro. Algum tempo depois, as negociações foram retomadas. Contudo, o orçamento de Minervini ainda estava bastante aquém do valor desejado pelo vendedor.

Aparentemente, a vontade de passar o Maverick adiante era tão grande que o piloto acabou aceitando vende-lo por menos da metade do preço pretendido. Só que ele impôs uma condição.

"Ele aceitou minha oferta, mas exigiu que eu nunca tirasse os distintivos da Vasp do vidro. Cumpri a promessa e nunca removi os adesivos".

Juntamente com o carro, Sergio recebeu outros objetos alusivos à hoje extinta companhia aérea.

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*Com informações de matéria publicada em 17/05/2023

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