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Carro ou bicho? Dez modelos que (querendo ou não) se parecem com animais

O Fusca é um exemplo clássico que até foi oficializado: o besouro se chamava Beetle nos Estados Unidos Imagem: Divulgação

Rodrigo Lara

do UOL, em São Paulo

21/04/2021 04h00

Você já ouviu falar de pareidolia? O nome é estranho, mas trata-se de um fenômeno psicológico que faz com que as pessoas percebam algum significado onde, ao menos em sua essência, não há. É o que faz, por exemplo, enxergarmos formas em uma nuvem.

Esse fenômeno pode explicar outra coisa que ocorre na relação entre humanos e carros: afinal, por que às vezes associamos o visual de um veículo ao de um animal?

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Tá certo que alguns fabricantes facilitam essa tarefa de várias formas, seja com uma referência direta ou, ainda, ao criar modelos de visual controverso. Abaixo listamos alguns deles. Confira!

Dodge Viper

Imagem: Divulgação

Um dos exemplos mais clássicos de associação entre o mundo dos carros e os animais chegou às lojas em 1992: o Dodge Viper. Criado para ser um carro "sem frescuras", ele até passava um pouco do ponto nesse quesito, sendo um esportivo bastante forte e bruto.

Imagem: Peter Paul Van Dijk/WWF/AFP

A inspiração nos bichos vinha no nome e no visual: as víboras. Os faróis lembram os olhos de uma serpente, a abertura no para-choque dianteiro a boca e até mesmo as fossetas loreais, estrutura típica desses animais, foram representadas pelos faróis auxiliares do modelo.

Volkswagen Fusca

Imagem: Arquivo Pessoal

Um dos casos que a associação a algum bicho marca um carro ocorreu com o Fusca. As linhas arredondadas do modelo renderam uma enorme associação a um grupo de insetos: os besouros.

Imagem: Reprodução

No Brasil isso não não marcou tanto, mas em outros mercados, como o dos Estados Unidos, a associação foi mais longe: virou nome. Por lá, o modelo era vendido como Volkswagen Beetle e acabou iniciando uma espécie de dinastia, com vários modelos da fabricante tendo nomes de animais por lá, caso do Golf, que virou Rabbit, e também do Voyage, vendido como Fox.

Fiat Multipla

Imagem: Divulgação

Controversa. Esse é o adjetivo mais leve quando falamos da Fiat Multipla, fabricada entre 1998 e 2005 e figura carimbada em listas de carros mais feios de todos os tempos. Basicamente, as linhas do modelo fazem com que pareça que há um carro sobre outro, uma solução para lá de estranha.

Imagem: Reprodução/Dailymail

E qual animal isso lembra? Sim, as belugas. Para a sorte do animal, porém, o visual estranho confere um certo ar de fofura, algo que definitivamente não acontece no caso da minivan italiana.

Jaguar XF

Imagem: Divulgação

Aqui a associação está clara e já aparece no nome da marca britânica. A referência, claro, são os felinos de grande porte - perdendo nesse quesito apenas para os tigres e os leões - que vivem nas Américas e que no Brasil são chamadas de onças.

Imagem: Jason Edwards/National Geographic Creative

Isso, porém, nem sempre se refletiu no visual dos modelos da marca - quem aqui lembra do S-Type? -, mas a partir do XF, de 2007, a fabricante assumiu de vez o seu lado felino. Isso ficou bastante aparente na identidade visual dos modelos, especialmente nos faróis, que adotaram um visual afilado que lembra os de um felino pronto para atacar.

Corvette Sting Ray

Imagem: Getty Images

O Chevrolet Corvette já estava no mercado há nove anos quando sua segunda geração estreou e deixou de lado qualquer traço do modelo anterior. Saía de cena o visual clássico, arredondado e com cara de simpático e entrava em cena um modelo de linhas bem mais agressivas.

Imagem: Reprodução/Instagram

O visual do Corvette de segunda geração, inclusive, inspirou o sobrenome oficial do modelo: Sting Ray. É uma referência às arraias e isso fica ainda mais aparente quando o carro é visto de cima, com um corpo que parece achatado e se afina em direção à traseira. Com o passar dos anos, o Corvette perdeu parte dessa essência, mas o nome foi resgatado em 2014, com a chegada da sétima geração do carro.

Subaru Impreza

Imagem: Wikimedia Commons

Quando a segunda geração do Subaru Impreza foi lançada, em 2000, o modelo já era famoso pelo seu desempenho e, principalmente, por ser um verdadeiro monstro nos ralis.

Imagem: Reprodução/Bluebird

Esse histórico, porém, não impediu que a nova geração do sedã fosse recebida com algumas piadas. O alvo, no caso, eram os faróis arredondados que renderem ao modelo um apelido: bugeye, ou olhos de inseto - e nem mesmo a versão esportiva, WRX, escapou das piadas. Os "olhinhos redondos" duraram pouco: dois anos depois, o carro ganhou novos, e bem mais bonitos, faróis.

Mazda MX-5

Imagem: Divulgaçãoo

O já icônico roadster sempre cativou seus donos pela combinação entre acessibilidade e diversão, algo que manteve ao longo das cinco gerações do modelo. Mas essa não foi a única característica que acompanhou a trajetória do carro.

Imagem: Reprodução

Especialmente a partir da sua segunda geração, quando perdeu os faróis escamoteáveis, o MX-5 ganhou um visual que lembra o de um bagre. A referência ao peixe não ocorre de maneira oficial, mas as linhas arredondadas do modelo e os olhos acabam remetendo ao animal.

Chevrolet Monza

Imagem: Divulgação

Um dos carros mais desejados dos brasileiros nos anos 1980, o Monza ganhou uma reestilização mais profunda em 1990, quando deixou de lado as linhas mais retas e passou a adotar o estilo típico da década, com traços mais arredondados.

Imagem: Getty Images

Era um visual equilibrado, mas que rendeu ao carro um apelido: Monza Tubarão, referência ao nariz do peixe. Continuou sendo uma das referências em conforto, mas isso mudou com a abertura das importações em 1991, quando o modelo entrou em decadência.

Chevrolet Spin

Imagem: Divulgação

A minivan lançada em 2012 para substituir em uma tacada só a Zafira e a Meriva no mercado nacional nunca foi uma referência em termos de design. A grande carroceria não conversava com alguns elementos, como os arcos de roda.

Imagem: REUTERS/Andrew Boyers

Nada disso impede do carro ter uma semelhança com um animal simpático: as capivaras. Os roedores de grande porte também parecem um pouco desproporcionais, mas são simpáticos - e adorados em países como o Japão.

Fiesta Rocam

Imagem: Divulgação

A quarta geração do compacto - e segunda vendida no Brasil -, estreou em 1996 com um visual curioso que ganhou o apelido de "Fiesta triste". Essa aparência durou até 1999, quando um facelift foi lançado no país e o carro ganhou novos faróis e para-choques.

Imagem: Instagram/Reprodução

De triste, ele passou a ser chamado de "Fiesta gatinho". A alusão, novamente, era "culpa" do conjunto óptico dianteiro, que se espichava em direção ao capô do carro, lembrando olhos e orelhas dos felinos.

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