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Jipe nacional Stark volta a campo por R$ 115 mil, sob encomenda, diz Neimar

André Deliberato

Do UOL, em São Paulo (SP)

24/05/2018 04h00

Xará do craque, presidente da TAC Motors garante que time está fechado: mais de 100 encomendas este ano

Ano de Copa é ano de TAC Stark nos gramados enlameados do Brasil. A história do jipinho nacional começou em 2006, quando o projeto da TAC (Tecnologia Automotiva Catarinense) foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo. Os primeiros protótipos do pequeno utilitário off-road começaram a rodar entre 2007 e 2008 com peças produzidas no Brasil. As primeiras entregas, porém, foram só em 2009 -- foram 217 unidades emplacadas.

Sem notícias concretas durante o período de crise, a partir de 2014, a TAC Motors só retornou agora em 2018 com "nova geração" do modelo fabricado em Sobral (CE). De uniforme novo, o Stark custa R$ 115 mil e quer aproveitar nova chance apostando em atendimento personalizado.

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"Já tivemos mais de 100 encomendas para 2018, que já está praticamente todo vendido. Queremos aumentar mais esse número, já que a capacidade de produção da nossa fábrica é de 1.000 carros por ano", afirmou Neimar Braga, presidente da TAC Motors do Brasil e homônimo do craque brasileiro.

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Vamos à escalação

Apesar de mudar pouco visualmente, o Stark traz novo revestimento interno e conjunto mecânico alterado. Chamado de "Black Cover" em sua nova configuração, pode ser equipado com uma série de acessórios voltados ao uso no fora-de-estrada.

Nessa faixa de preço, encontra rivais como Jeep Renegade Custom (versão a diesel de entrada do Jeep, que custa cerca de R$ 110 mil) e o também off-road Troller T4 3.2, que sai por valores próximos a R$ 127,3 mil.

Por R$ 115 mil, o Stark usa motor diesel da FPT (Fiat Powertrain Technologies) compartilhado da Ducato, um quatro-cilindros de 2,3 litros e 16V que rende 127 cv e 32,6 kgfm de torque, a 1.800 rpm -- vale lembrar que em jipes para uso no fora-de-estrada o torque é mais importante que a potência. Segundo a marca, o carro faz 11 km/litro na cidade e 13 km/l na estrada.

Quem comanda esse motor é uma caixa de câmbio manual de cinco marchas da Eaton. A tração (4x2, 4x4 e 4x4 com reduzida) é produzida pela BorgWarner. Além disso, o Stark traz freios a disco e suspensão independente nas quatro rodas, oito amortecedores, quatro chassis tubulares de alta resistência e tanque com capacidade para 70 litros.

Entre os itens de série estão direção hidráulica, ar-condicionado, vidros e travas elétricos, coluna de direção ajustável em altura, cinto de segurança de três pontos para quatro ocupantes, farol de neblina, painel multifuncional com informações sobre a condução e rádio, rodas de liga leve (aro 15, 16 ou 17, dependendo da configuração), banco traseiro rebatível e retrovisores externos com luzes integradas, entre outros itens.

Anote as dimensões: 4,08 m de comprimento (20 cm mais curto que o Renegade), 1,88 m de largura, 1,87 m de altura e 2,54 m de entre-eixos. Entre os opcionais, a TAC oferece para-choques metálicos (com ou sem guincho embutido); snorkel; rack; sistema de bloqueio dos diferenciais dianteiro e traseiro; homocinéticas "hi-tork" e faróis de LED.

Não curtiu o uniforme azul das imagens? Há outros disponíveis, nas cores branco, preto, verde, laranja, amarelo e vermelho.

Além do Stark (foto), TAC planeja lançar outros veículos com vocação off-road, talvez até menores Imagem: Murilo Góes/UOL

Passe na medida

Após ressurgir nesta quarta-feira (23), a estratégia da TAC será espalhar centros de relacionamento e de venda (chamados de "Stark Points") pelas cinco regiões do Brasil. Atualmente, a distribuidora da região Sudeste, única já ativa, fica em Belo Horizonte (MG).

Com a ideia de popularizar o jogo do modelo, serão abertos outros "Stark Points" no norte do país (Manaus), Nordeste (Recife), Centro-Oeste (Brasília) e Sul (Florianópolis).

Segundo Neimar Braga, o novo esquema tático vai aproveitar a realidade da produção em baixo volume para fazer um automóvel "de alfaiataria", feito na medida para atender o gosto do cliente.

"A TAC faz e vende seus veículos por encomenda. O projeto básico de produção do Stark e sua baixa escala de volume nos permite montar veículos segundo o gosto do cliente. Queremos que agora isso também faça parte do pós-venda", afirmou Braga.

"Seguindo um conceito de 'alfaiataria', o consumidor pode ter atendimentos de oficina personalizados nos Stark Points e até in loco, quando um mecânico da oficina vai até ele, dependendo do tipo de problema", explicou.

Firula interessante desse pós-venda personalizado está na garantia, que pode ser ampliada para além dos 12 meses originais. "A garantia pode sempre continuar sendo estendida caso o cliente tenha bom relacionamento com a marca", prometeu Humberto Ferreira, diretor comercial para o Sudeste.

Outro objetivo, se o projeto atual vingar, é finalmente expandir a produção, como se fosse um celeiro de craques do off-road. "Futuramente haverá ainda outros lançamentos e modelos exclusivos, inclusive com design diferente, mas sempre seguindo essa linha de carro específico para off-road", complementou Paulo Magalhães, diretor executivo da distribuidora do Sudeste.

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