Avaliação: Novo Honda City tem condições de encarar Virtus e Cronos?
André Deliberato
Do UOL, em São Paulo (SP)
02/04/2018 04h00
Sedã compacto recebe atualizações na linha 2019, mas fica sem ESP
A Honda sentiu que precisava mexer no City para "receber" os dois novos e importantes competidores do segmento de sedãs compactos premium, Volkswagen Virtus e Fiat Cronos.
Mudou detalhes visuais e reajustou a lista de equipamentos das versões, que agora são cinco, incluindo uma para PCD. Os preços vão de R$ 60.900 a R$ 83.400 -- foi justamente a EXL, a mais cara, que UOL Carros avaliou.
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De igual para igual
A decisão de mudar o City nivela o modelo da Honda aos novos carros, mais modernos e com design mais jovem? Na opinião de UOL Carros, o sedã da Honda é um carro agradável de se dirigir, mas ultrapassado em comparação aos novos concorrentes, mais jovens e bem equipados -- vale lembrar que o City é um dos precursores deste segmento, lançado no Brasil em 2009.
Não, ele não é uma má escolha para quem comprar, mas fica atrás de Virtus e Cronos em termos de design, conforto ao dirigir e tecnologia.
Vamos explicar por quê.
Cara nova?
Mais ou menos. O face-lift empregado nessa atualização de ano/modelo deu uma sofisticada na cara do City, que ganhou faróis full-LED em todas as versões e um jeitão mais invocado. Mas a lateral é igual e a traseira continua praticamente a mesma -- apenas as luzes de seta das lanternas, a parte de cima delas, que agora são translúcidas.
Novo desenho é bem feito, bonito, mas não dá para ser comparado ao da nova dupla de concorrentes. Mesmo assim, como design é relativo, ele não perde tantos pontos por isso.
Bem equipado nessa versão mais cara, o City ainda oferece equipamentos que rivais não possuem, como os próprios faróis em LED... mas fica devendo recursos e tecnologias mais modernos, além dos controles eletrônicos de tração e estabilidade, em falta até na versão de topo.
Além disso, o motor 1.5 flex (116/115 cv (etanol/gasolina) e 15,3 kgfm de torque (etanol/gasolina) deixa a desejar em desempenho, principalmente na hora de ultrapassagens e em subidas. O câmbio CVT é bom: com ajuda de um econômetro no painel, ele faz o motorista ter noção do peso do pé. Isso motiva quem o dirige a rodar de maneira suave e priorizando o consumo.
UOL Carros registrou média de 8 km/l na cidade e 13 km/l na estrada com gasolina no tanque e ar-condicionado sempre ligado.
Espaço e porta-malas
Aqui, ótimos pontos do City. Ele recebe bem quatro pessoas (até cinco, se a quinta for uma criança), tem boa posição de dirigir e ótimo porta-malas, de 536 litros (só perde para o do Chevrolet Cobalt, líder dessa categoria).
Fora isso, o acabamento da versão mais cara é endurecido em vários pontos, mas é bem feito. Materiais são de qualidade e os painéis táteis (da central e do ar-condicionado) são itens tratados como diferenciais.
Na prática, o City agrada pela proposta e não é má escolha para quem comprar um sedã compacto premium, mas em termos de design, tecnologia e pela falta de controles eletrônicos de tração e estabilidade (algo que até o novo Fit oferece), fica atrás de Virtus e Cronos.