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Donos de Corolla dizem o que deve (ou não) mudar no novo modelo

Cliente fiel, Bruno Boldrim é dono não de um, mas sim de dois Corolla XEI: um 2016 branco e um 2017 preto, o da imagem Imagem: Reprodução/Arquivo pessoal

Karina Craveiro

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

11/03/2017 10h00

Antes da mudança, proprietários apontam acertos e erros do líder

Começou a contagem regressiva para a chegada do Toyota Corolla 11 reestilizado. Vendas estão programadas para o próximo dia 17 de março, e o modelo terá, entre alterações adiantadas por UOL Carros em março de 2016: dianteira e traseira redesenhadas -- com mudanças mais concentradas na parte da frente --, interior modernizado e (finalmente) estreia de itens de segurança como controle de estabilidade e tração.

A briga com seu maior concorrente, o Honda Civic, é acirrada desde a extinção do Chevrolet Astra. O sobe e desce no topo das vendas acontece geralmente em intervalos de gerações. Mas, dessa vez, a vantagem do três-volumes da Toyota é larga. Em 2016 foram 64.738 unidades emplacadas contra apenas 20.857 do Civic.

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Isso porque, apesar de ter migrado para a décima geração no ano passado, o Civic não incomodou o concorrente desta vez. A resposta pode estar na disparidade de preços entre as versões de topo dos dois: se um Corolla 2017 vai de R$ 87.990 a R$ 111.940 (sempre automático), o Civic varia entre R$ 87.900 (manual) a R$ 124.900 (embora com motor turbo neste caso).

Com essas condições iniciais, UOL Carros foi a campo entrevistar proprietários de unidades da geração atual do Corolla para saber do que eles gostam e o que acham que a Toyota deveria mudar no sedã.

Confira e deixe sua opinião (se concorda ou não) nos comentários! 

1. Muito conforto, pouca conectividade

A primeira impressão que fica é que a Toyota precisa ter muito cuidado com qualquer movimento em relação ao sedã, já que seu público é bastante fiel, quase que membros de fã-clube. Por exemplo, os quatro donos ouvidos pela reportagem disseram ter tido outros Corolla no passado.

O empresário Bruno Boldrim tem duas unidades da versão XEi na garagem: uma 2016 branca e outra 2017 preta, que saiu da loja há duas semanas. "Tenho Corolla na família desde os anos 2000 e todo ano compro um novo. É um carro econômico, confortável e silencioso", aponta.

Se tem algo de errado nele? "Acho que a roda poderia ter um aro maior, combinaria mais com o carro. Farol de LED, mesmo que opcional, também seria bem-vindo. Faz falta, principalmente na estrada", segue.

No interior, Boldrim tem outras insatisfações: "A tela da central multimídia é muito pequena, deveria ser do tamanho da Hilux". 

Corolla brasileiro deve ganhar central multimídia maior, assim como o Corolla russo (na imagem) Imagem: Artemachkasov.com

2. Bom de dirigir, mas cadê o ar atrás?

Prazer de dirigir e conforto também foram apontados como as principais credenciais pela engenheira de alimentos Marion Rodrigues Reggiani, dona de um Corolla XEi 2016. Com 10 mil quilômetros no hodômetro, carro só é usado aos finais de semana, quando a família viaja para o litoral de São Paulo.

"O carro é muito gostoso e também tem espaço. Somos todos altos e não tenho reclamações”, elogia.

Entre os pecados a lista é enxuta: "Faz falta uma saída de ar para os bancos traseiros e os retrovisores externos podiam rebater automaticamente quando aperto o alarme. Eles têm um botão de acionamento, mas sempre esqueço de apertá-lo", conta a engenheira, que não sabia que o sedã está perto de ser atualizado. 

"Poxa, agora fiquei triste. Se soubesse antes, teria comprado o meu só agora para conseguir um desconto maior", comenta aos risos. A compra do "xodozinho" da casa, que é blindado, foi feita em outubro passado. "Aqui em casa saímos de um Corolla para outro. Antes tínhamos uma Fielder", relata. 

Para Marion Rodrigues Reggiani. faz falta uma saída de ar para fileira traseira de assentos Imagem: Murilo Góes/UOL

3. Porta-malas melhorado

A aposentada Shirley Marini já é íntima do sedã desde 2003, quando iniciou a tradição em sua garagem. O atual, um XEi preto comprado em fevereiro de 2016, está com 9 mil km rodados e é usado para viagens. "É um carro prático, confortável e seguro. Tem motor suficiente e porta-malas espaçoso", opina.

Apesar de morrer de amores pelo modelo, Marini tem suas ressalvas. "O banco é claro demais e suja muito fácil. Até calças jeans mancham o couro sintético. Parece que ele está sempre com cara de sujo", relata.

"Outra coisa é o porta-malas: é muito amplo, mas seus braços acabam ocupando um espaço desnecessário. Eles poderiam pensar em uma solução para isso", acrescenta. 

Braços da tampa do porta-malas invadem bagageiro e comprometem espaço, aponta a aposentada Shirley Marini Imagem: Murilo Góes/UOL

4. Sonhos distantes

O empresário Victor Coelho Cidrão fez uma "lista de desejos" para a Toyota.

Gostaria que o sedã tivesse itens como teto solar, rodas aro 18 de perfil fino, alerta de mudança de faixa (algo que o modelo deve mesmo ganhar), controles de estabilidade e de tração e até versão com motorização turbo -- talvez um sonho distante até a próxima geração.

Dono de um Altis branco 2015, o empresário afirma que escolheu o Corolla depois de muita pesquisa: "Gosto do espaço interno, do acabamento, do motor econômico e do visual. Ele também tem bom preço de revenda, pois desvaloriza pouco, e seguro bem mais em conta na comparação com os concorrentes".

Mesmo com um modelo tão novo, Cidrão já está no segundo Corolla. O primeiro foi um esportivado XRS da geração anterior. "Muitos diziam que era um carro de vovô, mas mesmo assim comprei. Fiz algumas mudanças, deixei ele do meu jeito e vendi para o meu cunhado", relembra. 

Corolla enfim vai ficar mais seguro ao adotar controle de estabilidade e alerta de mudança de faixa Imagem: Murilo Góes/UOL

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