Com fábrica, Evoque e Discovery brasileiros chegam até agosto
Leonardo Felix
Do UOL, em Itatiaia (RJ)
14/06/2016 14h31
Pouco mais de três anos se passaram após o anúncio, em dezembro de 2013, mas a promessa foi cumprida: a Jaguar Land Rover inaugurou, nesta terça-feira (14), sua primeira fábrica no Brasil.
Localizada em Itatiaia (RJ), no Vale do Paraíba -- onde já estão instaladas Nissan, PSA e MAN (caminhões) --, a unidade começa a entregar as configurações nacionalizada de Ranger Rover Evoque e Discovery Sport a partir deste mês.
O primeiro modelo a chegar às lojas será o Evoque. A prioridade foi determinada porque, à época da decisão, o crossover premium liderava as vendas do grupo.
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Entretanto, o que se vê em 2016 é uma inversão de papeis: enquanto o Discovery Sport vem emplacando cerca de 370 unidades ao mês, o que perfaz 4.400 ao ano, o Evoque sofre para chegar a 180, que totaliza menos de 2.200 em 12 meses.
Mesma base
Ambos já estão sendo montados desde o primeiro trimestre deste ano, em sistema CKD (peças chegam prontas de fora e são só montadas localmente). Um primeiro lote com 30 Evoque já foi às lojas. O Discovery começa a ser distribuído até agosto.
Além de compartilhar base, os utilitários dividirão também motores: 2.0 a gasolina, quatro cilindros, com turbo (240 cv de potência e 34 kgfm de torque); ou 2.0 turbodiesel, também de quatro cilindros (190 cv e 42,8 kgfm). A transmissão é sempre automática de nove marchas da ZF.
Para o Evoque, a expectativa é que as versões mais vendidas sejam em sua maioria a gasolina. No Discovery, a versão a diesel deve ser a mais procurada.
Preços não devem mudar de patamar se comparados ao dos carros importados: enquanto o Discovery Sport parte de R$ 212.496 (gasolina) e R$ 230.196 (diesel), o Evoque começa em R$ 224 mil e R$ 244.600, respectivamente.
Instalações
Para fazer os modelos em Itatiaia, o grupo investiu R$ 750 milhões para preparar um terreno de 60 mil metros quadrados. Nesta primeira fase do projeto serão contratadas 1.000 pessoas em toda a cadeia de produção.
Numa próxima etapa é esperada a expansão da autonomia de produção, com possível adoção da plataforma em alumínio que gera o sedã XE e o SUV F-Pace, ambos da Jaguar. A capacidade da fábrica é de produzir 24 mil carros/ano, em dois turnos -- neste primeiro momento, há um turno e ritmo de 12 mil/ano.
Também está nos planos a adoção de variantes flex dos propulsores da família Ingenium, atualmente usados somente no F-Pace, mas que devem aos poucos migrar para toda a gama.
Tudo isso, porém, deve ficar para 2018 -- assim como a ideia de ampliar a fábrica e transformá-la em um pólo de exportação. Mas estes são planos futuroes que dependem diretamente de como estará o nebuloso cenário do mercado brasileiro.