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Honda assume culpa por fracasso do Civic nos Estados Unidos

Eis a versão norte-americana do carro, que amarga uma queda vertiginosa nas vendas por lá Imagem: Divulgação

Da Redação

30/11/2011 13h29

Ele acabou de ser lançado no Brasil, porém já desfila pelas ruas dos Estados Unidos desde abril. Enquanto aqui a nona geração do sedã médio tenta retomar o posto de líder de mercado (e o vice-presidente da marca no Brasil, Issao Mizoguchi, garante que isso vai acontecer) perdido para o seu principal rival, o Toyota Corolla, lá o carro reformulado é considerado um verdadeiro tropeço da Honda.

Criticado por trazer mudanças que empobreceram o seu interior, o Civic foi ultrapassado por Chevrolet Cruze e Ford Fusion e se vê ameaçado pelo Hyundai Elantra. Em números, as vendas do sedã da Honda caíram 15% até outubro desse ano em um mercado que cresceu 10% no mesmo período.

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Essa situação complicada acaba de ter um "culpado". Em uma entrevista coletiva com jornalistas durante o Salão de Tóquio, o presidente da Honda, Takanobu Ito, tomou para si a responsabilidade. "Nós avaliamos as informações sobre diversos mercados para tomar as melhores ações. E essas decisões são inteiramente minhas", afirmou.

Para Ito, após a crise financeira que assolou os Estados Unidos em 2008 e 2009, a Honda acreditou que o consumidor local gostaria de carros mais baratos, mesmo que para isso itens como acabamento e quantidade de equipamentos fossem sacrificados. Os rivais do Civic, que hoje vendem bem, provaram o contrário ao vir mais equipados e refinados.

A POSSÍVEL SOLUÇÃO EUROPEIA
Como já foi anunciado por John Mendel, vice-presidente executivo da Honda norte-americana, uma das soluções seria adiantar uma reestilização -- que, no caso, iria além da aparência externa -- para o início de 2013. Apesar de não haver qualquer posição definida sobre isso, seria uma forma de diminuir o prejuízo.

Curiosamente, em outros mercados o Civic ganhou conteúdo. Na Europa, por exemplo, o carro além de ser externamente diferente do norte-americano, tem nível de refinamento que visa agradar um público que vai além do comprador de carros de entrada. Além disso, o carro também embarca conteúdo superior ao visto no Civic vendido nos Estados Unidos.

Simplesmente adotar o carro europeu, entretanto, está fora dos planos. Apesar de similares, as versões têm diferenças substanciais, que exigiriam a mudança de todo o ferramental utilizado pela Honda para montar o carro vendido nos EUA. E isso é algo que demanda bastante tempo.

No caso da versão brasileira do carro, o Civic está mais para o europeu. A missão de retomar a liderança nas vendas dos sedãs médios acabou por ser uma boa razão para melhorar o nível de equipamentos do carro desde a versão LXS, a mais básica. No mercado nacional isso acabou por ser um fator de compensação involuntário, já que o Civic não é exatamente um carro barato por aqui.

O Civic remodelado deve ganhar as ruas do Brasil a partir da segunda quinzena de janeiro. Se vai ser bem-visto como o europeu ou fadado ao fracasso como a versão norte-americana, só o tempo dirá. Ao menos a primeira impressão deixada pelo sedã em sua apresentação à imprensa especializada já permite dizer que o Civic mudou para melhor.

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