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Factor 150 aposta em economia e conforto para incomodar CG

Cicero Lima

Da Infomoto

26/01/2016 14h56

Grande atração da Yamaha no Salão Duas Rodas 2015, mesmo em meio a outras motos mais potentes e tecnológicas, a Factor 150 era o “banho de realidade” necessário para aumentar a participação da marca no segmento urbano de entrada no Brasil -- o de maior volume do setor --, amplamente dominado pela Honda.

A produção começou em setembro de 2015 e, até o final do ano passado, foram fabricadas mais de 10 mil unidades. A versão de entrada, E, sai por R$ 7.390 (rodas raiadas e freios a tambor), mas a avaliação de Infomoto foi com a versão de topo ED (R$ 7.990), que é oferecida em quatro opções de cor (branca, laranja, preta e vermelha) e traz como grande diferencial o freio dianteiro a disco.

Linhas angulosas e aletas laterais são toque de esportividade à street Imagem: Mario Villaescusa/Infomoto

Bonita e econômica

Embora tenha linhas claramente inspiradas na nova CG 160, a Factor 150 agrada pelo visual. Farol esportivo em forma de diamante, aletas laterais e lanterna traseira bipartida dão toque arrojado ao modelo.

Seu motor de 149,3 cc e um cilindro, o mesmo da Fazer 150, é flex e agrega comando único no cabeçote (SOHC), injeção eletrônica e arrefecimento a ar. Entretanto, recebeu mudanças no ponto de ignição para ficar mais econômico. São 12,2/12,4 cv de potência (gasolina/etanol), a 7.500 rpm, e 1,28/1,29 kgfm de torque, a 5.500 giros.

Dados de força são menores que o da CG (14,9/15,1 cv e 1,47/1,61 kgfm), assim como a capacidade do tanque (15,2 litros contra 16,1), o que não chega a comprometer a autonomia. Até porque a grande sacada da Factor é ser extremamente econômica: em nosso teste, obtivemos média de 40,5 km/l mesclando uso urbano e estrada. Isso significa que a autonomia pode bater 600 km, dependendo do estilo de condução.

O desempenho na estrada, aliás, é satisfatório -- dentro das limitações de sua proposta, claro: a pequena street tem velocidade máxima de 120 km/h (nenhuma rodovia brasileira permite mais do que isso) e consegue manter com facilidade média de 90 km/h em subidas, ainda em quinta marcha.

Freio dianteiro a disco é item exclusivo da versão ED; demais usam velho tambor Imagem: Mario Villaescusa/Infomoto
Confortável

A Yamaha também acertou a fórmula de conforto e leveza. Pesando aoenas 126 quilos e tendo meros 73,5 cm de largura, a nova Factor 150 é fácil de pilotar em meio ao trânsito pesado. Posição relaxada e generosa camada de espuma no banco de dois níveis permitiram viagens rápidas de cerca de 70 km sem cansar o piloto.

O painel de instrumentos, completamente digital, facilita o acesso a todas as informações necessárias: velocímetro, conta-giros, hodômetros, marcador de combustível, indicador de marchas e até uma função chamada “Eco”, que acende no painel para indicar que o motor está trabalhando na faixa de rotação. Um erro de projeto, porém, foi deixar muito pequenos os números do conta-giros.

Comandos nos manetes são simples e incluem lampejador de farol alto, mas falta um botão “corta-corrente”, muito usado em paradas rápidas. Ruim continua a ser a alça da garupa, a mesma das primeiras YBR: uma peça simples, pouco ergonômica e que não combina com seu visual. Também faz falta um cavalete central, vendido somente como acessório.

Motor de 149,3 cc recebeu melhorias no ponto de ignição para ficar mais econômico Imagem: Mario Villaescusa/Infomoto

Ciclística

Montada sobre um quadro tipo diamante feito em aço, a Factor 150 traz suspensão dianteira com garfo telescópico convencional e curso de 120 mm e suspensão traseira bichoque, com 92 mm de curso. Na traseira é possível regular a compressão da mola. Com tal conjunto, mais rodas de liga leve aro 18, a street se comportou bem nas curvas, transmitindo segurança ao encarar vias esburacadas.

Sistema de freios conta com disco de 254 mm na dianteira (esclusivo desta versão) e tambor de 130 mm de diâmetro na traseira. O sistema se mostrou adequado à proposta, muito em função do baixo peso, mas deve deixar a desejar nas versões mais baratas, munidas apenas de tambor.

Conclusão

A Yamaha acertou na fórmula de seu novo modelo de entrada: a Factor 150 é bonita, leve, confortável e econômica. É preciso investir na versão mais cara para ter acesso a tudo que ela oferece, verdade, mas seu preço é equivalente ao de partida da linha CG 160. Sem dúvidas, uma forte concorrente para o segmento.

CG vira 160 cc para andar mais gastando menos

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