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Volkswagen antes do Virtus, parte 2: do acupezado Logus ao versátil Jetta

Era pós-Autolatina trouxe modelos mais globalizados ao país Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/02/2018 08h00

Volkswagen Virtus estreia no Brasil cercado de expectativa. O primeiro projeto derivado do novo Polo foi desenvolvido localmente pela Volkswagen com a missão de agradar não apenas os exigentes mercados de sedãs compactos na América do Sul (como Brasil e Argentina), mas também países nos quais este tipo de veículo possui boa aceitação, incluindo nações como Turquia, Rússia e Rússia.

Entretanto, engana-se quem pensa que o Virtus terá vida fácil. A presença de concorrentes tradicionais deste segmento -- Chevrolet Cobalt, Hyundai HB20 S, Renault Logan e Honda City -- e a consequente chegada do Fiat Cronos, que desponta como rival mais forte neste ano, ameaçam impedir os planos da Volkswagen.

Enquanto não descobre se o Virtus vai emplacar, relembramos a trajetória de todos os sedãs já lançados pela VW no Brasil desde 1953, quando a empresa começou suas atividades no país montando Fusca e Kombi em um galpão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP).

UOL Carros lista todos os sedãs vendidos pela VW no Brasil. No "capítulo 1", mostramos de "Zé do Caixão" a Apollo. Agora é a vez de irmos do acupezado Logus ao versátil Jetta, nos dias atuais.

Veja mais:

Sedãs da VW - Capítulo 2: de Logus a Jetta

  • Imagem: Divulgação
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    6. Logus: 1993-1996

    Nascido com a missão de substituir o malfadado Apollo, o Logus foi feito sobre a plataforma do Ford Escort. Mas seu design exclusivo era um dos seus principais chamarizes. Bem resolvido, o sedã era vendido apenas com duas portas -- uma forma de evitar concorrência com o Ford Verona, que era oferecido com quatro portas.

    O Logus foi lançado em três versões (CL, GL e GLS) e duas opções de motorização (a 1.6 de origem Ford e a 1.8 da linha AP). Trazia algumas novidades interessantes, como o câmbio acionado por cabos em vez de varões e "carburador eletrônico", um sistema que controlava o afogador e mantinha estável a rotação da marcha lenta.

    Em 1994, a VW adotou o motor AP 2000 na versão GLS e encurtou o diferencial de todas as versões, contribuindo para amenizar as críticas ao desempenho. A injeção eletrônica viria no ano seguinte, sendo multiponto na GLSi 2000 e monoponto nas versões CLi 1.6 e 1.8. Em 1995 também aconteceu o lançamento da versão Wolfsburg Edition, que tinha acabamento em veludo, rodas de liga leve de 14 polegadas e faróis de VW Pointer.

    O fim da Autolatina em outubro de 1996 selou o destino do Logus, que teve poucas unidades produzidas em 1997, quando saiu de linha definitivamente.

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    7. Polo Classic: 1996-2002

    A decisão de não produzir um Voyage baseado no Gol G2 e a "morte" do Logus deixaram a Volkswagen sem um representante entre os sedãs compactos. Este cenário fez a marca trazer da Argentina o Polo Classic.

    O carro havia sido lançado na Europa em 1995, e não escondia o parentesco com o Seat Cordoba -- modelo que também foi vendido no Brasil. Ele estreou no país em dezembro de 1996 com o motor AP 1.8 de 97 cv e 15,5 kgfm de torque máximo.

    Apenas direção hidráulica vinha de fábrica: ar-condicionado e trio elétrico (vidros, travas e regulagem dos espelhos retrovisores) eram opcionais. Em 1998, o sedã ganhou a série especial? Special, equipada com itens como rodas de liga leve de 14 polegadas, rádio toca-fitas e faróis de neblina. No ano seguinte, o carro ganhou freios ABS, airbag duplo e teto solar, mas apenas como opcionais.

    Em 2001, a VW realizou uma leve reestilização no modelo, que ganhou faróis e lanternas com lentes em policarbonato e um interior mais moderno inspirado no New Beetle, destoando do estilo externo conservador. Estas alterações, no entanto, não foram suficientes para alavancar as vendas do Polo Classic, que saiu de cena timidamente em 2002. Leia mais

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    8. Bora: 1999-2011

    O Bora estreou no mercado brasileiro em 1999. Importado do México, era baseado na quarta geração do Golf -- pouca gente sabe, mas o Bora vendido por aqui era conhecido em vários mercados como? Jetta.

    Curiosamente, os dois modelos coexistiram no Brasil de 2005 até 2011.

    Ao contrário do Golf, o Bora tinha um design mais sóbrio. A dianteira tinha personalidade própria com faróis mais retos e o teto tinha um caimento mais suave do que a maioria dos sedãs daquela época. A traseira ostentava lanternas com traços retos, nitidamente inspiradas nas do Passat. Já o interior era o mesmo do Golf.

    Oferecido apenas na motorização 2.0 de 115 cv e duas opções de câmbio (manual de cinco marchas e automático Tiptronic de seis velocidades), o Bora viveu à sombra dos fortes concorrentes na categoria dos sedãs médios, como Chevrolet Vectra e os então novatos Honda Civic e Toyota Corolla.

    Seguindo a reestilização feita na China, a VW mudou o visual do Bora em 2007. As formas conservadoras, porém harmoniosas, foram substituídas por um estilo mais rebuscado. Os faróis ficaram mais afilados e a grade dianteira adotou o formato de "V" que norteava o design da marca naquela época. A alteração mais polêmica ocorreu na traseira, onde lanternas em formato de trapézio com os famigerados refletores circulares invadiram a tampa do porta-malas.

    Os esforços para aumentar as vendas do Bora, porém, foram em vão. Diante das baixas vendas, a Volkswagen deixou de importar o Bora para cá em 2011. Leia mais

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    9. Polo Sedan: 2002-2014

    O lançamento do Polo no fim de 2002 trouxe o rótulo de "carro global" e uma versão três-volumes. Baseado na plataforma PQ24, o Polo Sedan combinava os faróis redondos do hatch com linhas mais convencionais na traseira. O carro era bem equipado e ainda trazia opcionais incomuns para sua categoria, como ar-condicionado automático (não digital), computador de bordo, freios ABS e airbag duplo. Tinha motorizações 1.6 (101 cv) e 2.0 (116 cv), ambas associadas à caixa manual de cinco velocidades.

    A primeira reestilização veio em 2007. Os faróis duplos foram incorporados em uma mesma lente e as lanternas ganharam elementos circulares, casando com o estilo dos sedãs da VW daquela época. Duas novidades mecânicas surgiram em 2009: a tecnologia flex chegou ao motor 2.0 e a caixa automatizada I-Motion foi lançada como opção àqueles que não gostam de trocar marchas.

    Já defasada, a linha Polo ganhou novo visual em 2012 com um para-choque frontal mais limpo, inspirada no Polo Vivo, modelo comercializado na África do Sul. Os espelhos retrovisores também foram substituídos por peças utilizadas em outros modelos da marca. O Polo Sedan sobreviveu até 2014. O "sucessor" Virtus divide plataforma com o Polo hatch, mas tem entre-eixos bem mais amplo e nome diferente. Leia mais

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    10. Jetta: desde 2005

    Foi em 2005 que o Jetta estreou no Brasil. O sedã, aliás, causou uma situação curiosa: o carro era baseado na quinta geração do Golf, que nunca foi vendida por aqui -- naquele tempo, a VW oferecia apenas uma reestilização da defasada quarta geração do hatch, lançada no Brasil em 1998.

    Como ponto positivo, o consumidor brasileiro teve a oportunidade de conhecer o Golf que ele nunca teve -- ainda que na forma de sedã. A frente tinha faróis ovais e uma grade em formato de "V" com aplique cromado. Na traseira, as lanternas retangulares tinham os já famosos elementos circulares.

    O interior seguia o padrão de acabamento e estilo do Passat. Equipado com motor 2.5 de cinco cilindros em linha, o Jetta tinha 150 cv e era vendido apenas com câmbio Tiptronic de seis marchas. Dois anos após seu lançamento, a VW reprogramou a central eletrônica e fez mudanças no coletor de admissão do carro, elevando sua potência para 170 cv.

    A sexta geração do Jetta estreou no Salão do Automóvel de 2010. Embora fosse maior, o sedã perdeu parte de seu apelo esportivo em favor de um estilo mais conservador -- feito para agradar o típico consumidor de sedãs médios em vários mercados, como os Estados Unidos.

    Por aqui, o Jetta tinha duas opções de motorização: o velho 2.0 Total Flex de 120 cv (aproveitado em modelos mais antigos da marca) e o moderno 2.0 TSI de 200 cv -- este uma versão mais "pacata" do conjunto empregado no Golf GTI da época, associado à transmissão DSG de dupla embreagem.

    Em 2015, a marca fez uma discretíssima reestilização frontal. E no começo de 2016, o cansado motor 2.0 8V foi substituído pelo 1.4 TSI da família EA 211, empregado no Golf. A potência saltou de 120 cv para 150 cv, enquanto o torque subiu de 18,4 kgfm para 25,4 kgfm. Leia mais

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