Diz a sabedoria popular que "ninguém é líder por acaso". O Chevrolet Onix sabe bem disso, tanto é que caminha a passos largos para o quinto ano como o carro mais vendido do Brasil.

A segunda geração estreou no fim de 2019 com a missão de manter o reinado. Tudo indica que não será muito difícil, já que a Chevrolet soube preservar as virtudes do produto (como design e conectividade) e corrigiu algumas deficiências, especialmente na segurança.

De toda a linha, a versão LTZ deve puxar as vendas do hatch. Por R$ 65.990 sem opcionais, ele promete conforto, design e desempenho. Quer saber se ele realmente entrega tudo isso? Então leia a avaliação de UOL Carros!

Lançado no fim de 2019, o Onix é a novidade mais recente do segmento. Elogiado pelas linhas modernas, ele traz a nova identidade visual da Chevrolet ao mercado brasileiro. Os faróis são mais afilados, assim como as lanternas, que ficam em posição ligeiramente mais elevada do que no seu antecessor.

Felizmente a posição de dirigir ficou mais baixa, bem diferente do banco do motorista alto como em uma minivan do antigo Onix. O espaço interno é bom, mas não se destaca pela generosidade. O banco de trás não é o lugar mais indicado para passageiros mais altos. Já o porta-malas, que acomoda 291 litros, poderia ser maior.

Grande destaque da segunda geração, o motor 1.0 turbo equipa outras três versões do hatch: 1.0 turbo, LT e a topo de linha Premier.

Rendendo até 115 cv quando abastecido com etanol, ele é o responsável pelas respostas ágeis do hatch. Se o carro tiver câmbio manual, então, a diversão fica ainda maior. As acelerações são bastante rápidas e a transmissão tem engates curtos e precisos.

As vibrações na unidade avaliada estavam um pouco acima do comum, característica comum aos motores de três cilindros. Elas se acentuavam na marcha lenta, mas nada que chegasse a incomodar.

Os números de consumo são muito bons com gasolina no tanque e poderiam ser melhores com etanol.

A versão LTZ é bem completa. Sai de fábrica com ar-condicionado (analógico), direção elétrica, assistente de partida em rampas, câmera de ré, central multimídia MyLink com tela tátil de 7 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay, coluna de direção com regulagens de altura e de profundidade, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão, espelhos retrovisores com ajustes elétricos, vidros elétricos, painel com tela de TFT de 3,5 polegadas e travamento central das portas.

O modelo ainda possui itens exclusivos no segmento, como carregador de celular por indução e internet 4G nativa com conexão Wi-Fi. Este último, porém, só funciona mediante o pagamento de uma mensalidade do serviço oferecido pela operadora Claro.

Segurança é um dos destaques do novo Onix. O hatch sai de fábrica com 6 airbags (dois frontais, dois laterais dianteiros e dois do tipo cortina), controle de estabilidade e controle de tração em todas as versões. Na configuração LTZ, ele traz ainda sensor de pressão dos pneus, acendimento automático dos faróis e sensores de estacionamento traseiros.

Os custos de manutenção são relativamente baixos até para o segmento, inclusive nas revisões depois de 40 mil km - que costumam ser mais caras.

Custando R$ 66 mil sem opcionais, o Onix LTZ Turbo enfrenta rivais de peso.

O Volkswagen Polo não dispõe da motorização turbo na versão MSI, mas dá o troco oferecendo câmbio automático pelo mesmo preço do Onix.

Se o dono de um Onix quiser a comodidade da transmissão automática precisará desembolsar mais R$ 5.660, elevando a conta para R$ 71.650. Entretanto, o hatch da VW não vem com os quatro airbags adicionais oferecidos de fábrica no Chevrolet.

Outro concorrente na mesma faixa de preço é o Hyundai HB20 Evolution, que sai por R$ 67.190. Apesar de também ser movido por um motor turbinado (que neste caso entrega até 120 cv), o compacto da marca coreana fica devendo na lista de equipamentos ao não trazer airbags laterais e do tipo cortina, mesmo custando mais caro.