Lançada no Brasil em 2017, a atual geração do Audi Q5 chega à linha 2022 repleta de novidades. A principal é a nova carroceria, Sportback. Trata-se de um SUV cupê, que vem para brigar com BMW X4 e Mercedes-Benz GLC Coupé.

Além disso, o Q5 ganhou reestilização, tecnologias e um remapeamento no motor 2.0 turbo, que passa a vir também com um sistema híbrido leve, para ajudar a economizar combustível. Os preços do SUV partem de R$ 309.990 na versão Prestige, vão a R$ 344.990 na S Line e R$ 370.990 na topo de linha, S Line Black.

O SUV cupê Q5 Sportback só tem as duas versões S Line. A tabela parte de R$ 369.990 e vai a R$ 395.990 na S Line Black.

Design e acabamento

O Q5 recebeu a nova grade octagonal da família de modelos com que divide a plataforma, como as linhas A4 e A5. O SUV e o Sportback têm diferenças sutis nesse detalhe. Na versão Black, em que é escurecida, a do modelo com estilo de cupê tem um tom de preto um pouco mais forte.

Já nas versões que não são a Black, a grade frontal é cromada. Os para-choques também são novos tanto na dianteira como na traseira. Na versão topo de linha, tem insertos pretos. Os faróis são de LEDs na configuração Prestige e full-LEDs nas duas S Line.

Nesse caso, têm o sistema Matrix, antiofuscamento. O facho é ajustado automaticamente quando a tecnologia detecta um veículo na direção oposta. Além disso, o poder de iluminação é superior ao de faróis convencionais.

O diferencial do Sportback está na coluna C rebaixada. O charmoso detalhe dá um visual mais atraente ao carro, mas também prejudica o espaço para a cabeça de quem vai no banco de trás (leia mais abaixo).

O Q5 Sportback é 7 mm mais comprido que o SUV e, por causa da coluna C, 2 mm mais baixo. Atrás, o destaque fica por conta das lanternas com sistema Oled, item opcional. Estão disponíveis três opções de assinatura, que devem ser escolhidas na hora de comprar o carro.

Porém, independentemente da escolha, a assinatura sempre muda quando se aciona o modo Dynamic (esportivo) de condução. Outro destaque é o sensor de distância do sistema. A iluminação fica mais intensa quando a objetos a partir de 2 metros da traseira do carro.

Por dentro, a novidade é a central multimídia MMI Touch, que dispensa o antigo touchpad no console central e agora é totalmente sensível ao toque. O painel de instrumentos é virtual e personalizável e o carro passa a vir com carregador de smartphones por indução (sem fio).

Além disso, há três entradas USB do tipo A, uma na frente e duas para quem viaja atrás. O modelo traz ainda uma terceira, do tipo C, que fica no grande porta-objetos do console central.

O acabamento é bem feito, com muitos detalhes de alumínio e black piano. Os bancos são revestidos de couro, têm ótimo suporte lateral e estilo esportivo, assim como o volante de base reta da versão topo de linha. Porém, o revestimento das portas não é dos mais emborrachados. Para um SUV que chega a R$ 400 mil, essa superfície deveria ser menos dura.

Espaço e equipamentos

O espaço para as pernas de quem viaja atrás é idêntico no Q5 e no Q5 Sportback, ambos com 2,81 metros de entre-eixos. O túnel central alto impede a acomodação mesmo de crianças no centro, e há um porta-objetos retrátil com dois porta-copos.

Já adultos com até 1,80 m vão com as pernas bem acomodadas nas duas extremidades do banco de trás. Não é um espaço que sobra, mas é suficiente. Pessoas de estatura alta não terão problema no Q5, que tem teto alto.

Já no Q5 Sportback, quem tem mais de 1,85 metro de altura acaba ficando com a cabeça muito próxima do teto. Há uma zona de temperatura para os passageiros de trás, mas sem comandos de direcionamento e velocidade do ar. No total, o sistema de ar-condicionado tem três zonas.

O porta-malas tem capacidade de 520 litros no Q5 e de 510 litros no modelo Sportback. Entre as tecnologias de destaque, as versões S Line trazem controlador de velocidade adaptativo (ACC), que freia e acelera o carro automaticamente.

Já a Black acrescenta a tecnologia Audi Side Assist, com sensor de ponto cego e aviso de saída de faixa. Navegador GPS é de série nas versões S Line. As duas opções mais baratas têm rodas de 19" e a topo de linha, de 20".

Desempenho

Os dois modelos, em todas as versões, vêm com sistema de modos de condução, que via de regra mudam as respostas do conjunto motor-câmbio e da direção. O Q5 fica mais manso ou mais pronto para acelerar, dependendo do modo escolhido.

Com suspensões independentes nas quatro rodas, o modelo tem ajuste para um rodar confortável e pouca rolagem de carroceria em curvas, característica ainda mais evidente no Sportback, com centro de gravidade levemente mais baixo.

Porém, a direção é muito mole e muda pouco do modo de condução confortável para o esportivo. Nesse último caso, até fica um levemente mais dura, mas não o suficiente para dar mais esportividade ao carro em curvas e mudanças de direção.

O motor tinha 252 cv e agora passou a 249 cv com o remapeamento. Nada que gere diferença no desempenho, pois o torque não mudou: é de 37,8 mkgf a apenas 1.600 rpm. Essa ótima força em baixa rotação e o rápido câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens deixam os dois Q5 muito ágeis nas retomadas de velocidade, sempre prontos para fazerem ultrapassagens e arrancarem em subidas íngremes, por exemplo.

Nas mudanças de marcha, o motor não tem grandes perdas de rotação. De acordo com informações da Audi, os dois modelos levam 6,3 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e têm velocidade máxima de 237 km/h.

Entre os modos de condução, há o off-road, que desativa o controle de estabilidade e liga o assistente de descidas. Isso deixa o carro bem competente na hora de passar por trilhas fora de estrada leves. O sistema de tração é 4x4 por demanda. Fica concentrado na dianteira e, conforme a situação, transfere força para o eixo de trás.

O sistema híbrido leve usa bateria de 12V para alimentar um pequeno motor elétrico. Em algumas situações, com o modo eficiente de condução ativado, a tecnologia é capaz de desligar o propulsor a combustão entre 55 km/h e 160 km/h.

O resultado é um bom consumo de combustível para um carro de quase 250 cv. Na estrada, a média foi de cerca de 13,5 km/l.

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