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Fila de 4h para pegar abadá: famosos também passam perrengues no Carnaval

Do UOL, no Rio

18/02/2023 19h16

Os desfiles do grupo especial do Rio começam amanhã (19), mas a maratona carnavalesca se inicia antes. Quem vai curtir a folia nos camarotes da Sapucaí, entre eles famosos e convidados VIPs, precisam retirar seus abadás.

Se engana quem pensa que é rápido. Ontem, a fila chegava há quatro horas no credenciamento de um camarote que acontecia em um restaurante da zona sul carioca. Queda no sistema entre 13h e 15h motivou o atraso.

Monique Evans, 66, chegou na fila por volta das 18h e, em conversa com o UOL, disse que permaneceria no local porque não poderia retornar outro dia. Ela contou que mora em um bairro com muitos blocos, o que dificultaria a locomoção em dias de folia.

Ela, que já foi rainha de bateria e tem longa relação com o Carnaval do Rio, manteve a animação e usou a fila preferencial para quem tem mais de 65 anos.

"Sempre passo (perrengue), não só no Carnaval. Normalmente, eu fico em fila, não tem esse problema. Só que hoje vai chover muito e eu usei a prioridade para quem tem mais de 65, tenho 66 e consegui passar, mesmo assim, está complicado lá dentro. Fiquei uns 50 minutos, quase uma hora esperando, mas consegui. A gente passa perrengue, sim, com certeza... Tem uns (famosos) que são frescos e dão carteirada, mas eu, não", cutucou Monique.

A atriz e cantora Lellezinha, 25, também estava por lá. "Famoso também passa muito perrengue. Vim sentar um pouco enquanto minha produtora está na fila. Agora, eu vou para lá. Dias de luta para chegar os de glória", disse, aos risos.

Além de famosos, o perrengue ainda se estendia aos que pagaram pelos convites, que podem chegar a R$ 3 mil por noite.

"Fiquei 2h40 na fila e pedi para um funcionário me render. Comprei ingresso para seis clientes estrangeiros. R$ 3 mil cada ingresso. Contratei um carro para trazê-los, paguei R$ 1,5 mil, mas cancelei a vinda deles. Falei que era para ficar no hotel. É muito perrengue vir", afirmou a agente de turismo Juliana Rodrigues, 44.

"Três horas para pegar um abadá, mas não estou reclamando: tem cerveja liberada", brincou outro folião, enquanto aguardava sua vez.

O perrengue VIP em camarotes do Rio e de outros estados: em São Paulo, na primeira noite de desfiles, a queda de luz em camarote do Anhembi fez VIPs virarem "povão" e gerou bate-boca.

Já em Salvador, na última quinta-feira, a entrega de abadás em um camarote também foi marcado por horas na fila e falta de camisas, segundo relatos de foliões que viralizaram no Twitter.

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