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Presidente da Liesa quer preservar Carnaval em novo museu: 'Pouca memória'

24.fev.2020 - Desfile do Acadêmicos do Salgueiro na Marquês de Sapucaí em 2020 - Fernando Grilli/Riotur
24.fev.2020 - Desfile do Acadêmicos do Salgueiro na Marquês de Sapucaí em 2020 Imagem: Fernando Grilli/Riotur

Beatriz Vilanova

Colaboração para o UOL, de São Paulo

16/02/2023 12h00

O Carnaval de 2023 mal começou, mas Jorge Perlingeiro, locutor oficial das apurações na Sapucaí e diretor social da Liesa (liga das escolas de samba do Rio), já tem planos para 2024. A ideia é abrir um museu que contará a história do Carnaval focada nas escolas de samba, com interações virtuais e espetáculos.

"O projeto deve sair agora. A partir de abril, maio, já começamos a trabalhar nisso, assim como na construção definitiva da unidade de bombeiros, que hoje é um posto. Mas estamos em fase de captação de recursos, porque o custo é muito alto", conta ele ao UOL.

Perlingeiro diz que existe uma importância cultural em criar o espaço para preservar a história do Carnaval entre as futuras gerações.

"Ele servirá para mostrar o Carnaval para as pessoas; para os jovens conhecerem um pouquinho a história da festa. Acho que o brasileiro tem pouca memória, as pessoas não conhecem muito da história, e o Carnaval tem coisas lindas para contar —desde os seus primórdios e toda a sua evolução, e até à explicação de como um barracão funciona".

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Sapucaí lotada em 2023

No sorteio dos posicionamentos das escolas, Perlingeiro anunciou que os desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí tiveram um recorde de vendas.

"De público, teremos um recorde absoluto. Mais de 100 mil pessoas. Nunca tivemos essa frequência", diz. Ele atribui ao recorde o fato da arena ter aumentado sua capacidade em quase 30 mil novos lugares e pela venda antecipada de ingressos, que começou em meados de 2022. "Quando chegamos a outubro, já tínhamos praticamente quase tudo vendido."

Segundo ele, existe uma ansiedade generalizada pela volta do Carnaval em "data certa", uma referência aos desfiles de abril de 2022, que foram os primeiros pós-pandemia, mas fora de época.

"As pessoas estão mais ansiosas e com muita expectativa para esse ano", diz. "Do outro lado, as escolas estão investindo em pesquisa e criatividade; querem causar um grande impacto na avenida. Pelos enredos divulgados, sabemos que será muito diversificado. Será um desfile muito equilibrado, com muita disputa e sem poder arriscar um favorito".

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