Carnaval é uma atividade cidadã e política, diz Chico César
O cantor e compositor Chico César afirmou no UOL News que São Paulo vai mostrar que sabe fazer festa no Carnaval 2023.
De uns 15 anos pra cá, o paulistano foi ficando na cidade e a própria prefeitura deu condições para fazer a festa, ajudando a trazer turistas e visitantes. Como em São Paulo tudo é muito grande, acho que já é um dos maiores carnavais, com certeza. O Carnaval é o momento do paulistano dizer para si mesmo e para o visitante: 'nós produzimos trabalho, mas também produzimos prazer, endorfina e alegria. Nós sabemos fazer festa'".
A alegria é política. O Carnaval é uma atividade humana, profana e cidadã. Tirar uma semana da vida da pessoa que trabalha e produz para ela se reunir com gente que não conhece na rua e com a família, é algo muito político. É puro Carnaval".
O Carnaval de rua em São Paulo começa, oficialmente, neste final de semana. O Diário Oficial do município publicou a programação de mais de 170 blocos para este sábado (11) e domingo (12).
Blocos do Carnaval paulistano lutam pelo direito à cidade e à cultura, diz Alê Youssef
O ex-secretário municipal da Cultura de São Paulo Alê Youssef afirmou que o carnaval da capital reúne diversos carnavais do Brasil em uma festa só, mas que a comemoração paulistana traz a "similaridade" da luta pelo direito à cidade.
A gente conquistou a possibilidade de brincar o carnaval em São Paulo há 15 anos. Enquanto os cicloativistas estavam vencendo para conseguir ciclovias, o movimento contra especulação imobiliária e pela qualidade de vida lutava pelo Parque Augusta, que hoje é uma realidade, e o movimento de moradia estava transformando a luta social na cidade. São vários elementos que compõem essa lógica de luta pelo direito à cidade".
Madeleine: Linguagem neutra é protesto interessante, mas é elitista e excludente
A colunista do UOL Madeleine Lacsko disse no programa que entende a linguagem neutra como um protesto interessante, mas que seria, segunda ela, elitista e excludente.
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para derrubar uma lei de Rondônia que proíbe o uso de linguagem neutra na grade curricular de ensino, no material didático e em concursos públicos.
Em 2021, a França fez uma decisão, conjunta do Ministério da Educação e da Academia Francesa, que existe no país desde 1600 e é destinada a cuidar da língua francesa e do avanço da língua. Tanto o ministério quanto a Academia proibiram o uso do que a elite urbana condicionou chamar de linguagem neutra nas escolas. E por qual motivo? Porque é elitista, excludente e contraproducente com todos os avanços de inclusão linguística feitos pelo país".
Gosto da linguagem neutra como protesto. É um protesto interessante discutir a sexualidade e inclusão".
Na avaliação da colunista, a linguagem neutra é uma "imposição" da elite, por isso seria excludente.
Se uma pequena elite inventa alguma coisa, diz que é inclusiva, não comprova que é, passa a defender isso e vira moda, muita gente começa a aceitar como inclusiva".
É uma questão que poderia ser discutida com seriedade, racionalidade, separando o que é arte, o que é provocação social, o que é escola e o que é inclusão real. Infelizmente, como a gente é esculhambado, elitista e sanguíneo, isso não é feito dessa forma. Não há nenhuma comprovação de que esse tipo de linguagem inclua, mas há comprovação de que exclua".
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: às 8h, às 12h e às 18h. O programa é sempre ao vivo.
Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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