Oi, sumida! Pochete volta com tudo no Carnaval para segurança dos foliões
Gilvan Marques e Rodolfo Vicentini
Do UOL, em Salvador
10/02/2018 20h53
Acessório que fez bastante sucesso nos anos 1980 e início dos 90, a pochete pode ser vista facilmente na multidão no Carnaval de Salvador, e voltou como item necessário para reforçar a segurança de foliões. Muitos deles colocam celular e dinheiro dentro da pochete para evitar roubos ou furtos.
"Eu coloco meu remédio para pressão e o dinheiro para garantir a cervejinha. É mais segurança do que estética. Antigamente você colocava papel higiênico e levavam tudo, você não sente nada. E a pochete me deu essa segurança, nunca aconteceu nada", contou Regina, moradora de Salvador, de 63 anos.
Bia Ribeiro sai todo ano de Juazeiro, na Bahia, para aproveitar o Carnaval na capital. E vem prevenida. "É muito necessária [a pochete]. Aí aproveito para comprar uma toda colorida e bonita, nada de coisa de avó".
Já a amiga Stephany Lins prefere usar a doleira, mas ainda assim está acostumada a tomar susto. "Ontem mesmo estava no meio da folia, pulando Carnaval, e senti passar uma mão aqui. Aí dei dois tapinhas nela e logo soltaram. Aqui não!", brinca a carnavalesca.
Mas entre os adeptos à pochete há também aqueles que aderiram ao acessório simplesmente por modismo. É o caso de Vinicius, por exemplo. "É lógico que ela te dá segurança, mas, no meu caso, eu venho mesmo só por modismo", garantiu o jovem de 19 anos.
Há ainda um outro adereço semelhante à pochete, popularmente conhecido como "doleira" --ao contrário de sua coirmã, ela é amarrada à cintura, mas pelo lado de dentro da roupa.
Segundo os vendedores, a doleira é o adereço mais vendido no Carnaval baiano de 2018. A mais baratinha sai por R$ 5 enquanto algumas coloridas e caprichadas no glitter custam até R$ 20.