Bloco com Paolla Oliveira tem tumulto, mijões e camarote improvisado em SP
Gilvan Marques
Do UOL, em São Paulo
03/02/2018 21h59
Ao som de muito funk, o Bloco da Favorita agitou dezenas de milhares de foliões pelas ruas de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, neste sábado (3). Considerado um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro, e essa foi a primeira vez que ele desfilou na capital paulista.
O bloco tocou vários funks e ainda clássicos de Jorge Ben Jor. Paolla Oliveira roubou a cena como musa e Ticiane Pinheiro, como madrinha do coletivo.
Ao UOL, foliões vindos de todas as regiões comemoraram a estreia em São Paulo.
"Eu moro em Pirituba [região noroeste de São Paulo], e demoramos cerca de 40 minutos para chegar aqui. Decidimos vir só para acompanhar o 'Favorita'", disse Mayara Cristina, de 20 anos. "O 'Bloco da Favorita' toca aquilo que gostamos, que é o funk", afirmou Bianca Vieira, de 25 anos, moradora da zona norte.
Tumulto na dispersão
Mas nem tudo rolou as mil maravilhas: houve muito tumulto e empurra-empurra na dispersão, metrô abarrotado e toneladas de lixo nas vias do bairro, logo depois que o bloco encerrou a sua apresentação.
A reportagem do UOL também presenciou pelo menos três brigas, além da venda e do consumo de drogas à vontade. "Olha a faca, olha o lance, olha o pó", gritava o rapaz oferecendo a sua "mercadoria" aos foliões, sem ser incomodado.
Com as ruas lotadas, algumas pessoas improvisaram uma espécie de "camarote" e subiram em uma banca de jornal bem próximo de onde o Bloco da Favorita se apresentou.
Mijões descumprem Lei
Após nova regra estabelecida pela Prefeitura, muitos mijões podiam ser vistos facilmente ao longo de toda a avenida Faria Lima e os seus arredores, onde acontecia o desfile dos blocos. Alguns mijões, inclusive, urinavam ao lado de banheiros químicos, do lado de fora.
A Prefeitura de São Paulo prometeu destinar 160 agentes para fiscalizar o cumprimento da Lei 57.983/17, popularmente conhecida como a "lei do xixi", durante o Carnaval de rua na cidade.
Para comprovar o descumprimento, os agentes e os guardas podem utilizar equipamentos eletrônicos que gravem o ato infracional.
Em vigor desde novembro, a multa para quem urinar na via pública é de R$ 500. As pessoas autuadas que se recusarem a apresentar documento de identificação poderão ser conduzidas "à autoridade policial".