O que leva mestres-salas e porta-bandeiras a "desabar" ao fim do desfile?
Alessandro Gil Reis
Colaboração para o UOL
26/02/2017 09h56
Emoção de terminar mais um desfile, responsabilidade de ser um dos quesitos avaliados pelos jurados, desgaste físico, calor. Uma combinação de fatores pode levar mestres-salas e porta-bandeiras ao limite na avenida.
Na noite deste sábado (25), em São Paulo, pelo menos três integrantes de escolas passaram mal ao final dos desfiles: o primeiro casal da Império de Casa Verde, Rodrigo Antônio e Jéssica Gioz, e a terceira porta-bandeira da Dragões da Real, Giulia Guimarães.
Ao UOL, Rodrigo disse que o calor e a emoção foram responsáveis pelo mal-estar. "O desfile foi tranquilo. Foi uma queda de pressão por causa do calor. Foi depois da faixa amarela [no final da avenida] que a gente passou mal. Foi mais emoção do que outra coisa", falou o mestre-sala, já recuperado.
Companheira de Rodrigo na avenida, Jéssica teve mais um agravante: 40kg de fantasia nas costas. Com um figurino bem mais leve do que a da colega da Império, Giulia também creditou o susto à emoção.
Preparação intensa
Principal casal da Vai-Vai, Pingo e Paulinha passaram por uma "preparação intensa" ao longo do ano para encarar o grande dia na avenida.
"A gente encarou uma preparação intensa para desempenharmos bem nosso papel. Muita academia, treinos físicos exaustivos", disse Pingo ao UOL, no final do desfile da Vai-Vai, depois de ser recebido por integrantes da escola com copos de água para matar a sede.
Nos ensaios, eles usam as fantasias do Carnaval anterior, para se acostumarem com o peso da roupa. Mesmo assim, Paulinha garante que nunca quer saber quantos quilos carrega no corpo para "não mexer no emocional".