Conteúdo publicado há 3 meses

Maria Cândida posa nua e denuncia assédios e abuso na carreira

Maria Cândida, 52, posou nua e denunciou assédios e abuso na carreira. No Dia Internacional da Mulher, a jornalista compartilhou o ensaio em uma rede social.

O que aconteceu

Em um post no Instagram, a jornalista desabafou sobre liberdade ao posar nua. "Nua, livre, abusada. Nunca mais. Liberdade é o valor mais importante da minha vida. Não existe possibilidade de me convencerem (sim, fui convencida no passado), de que meu tempo já tinha passado", começou ela.

Então, a jornalista falou de assédio na sua carreira profissional. "Homens de diferentes universos me interceptaram. No trabalho: em uma empresa, fui mandada embora e nem preciso explicar, vocês já sabem? Em outra, me tiraram da reportagem? em outra, tentaram subornar meu cinegrafista com uma caixa de uísque para que não me apoiasse? No início de carreira, vários pegavam na minha bochecha como 'professores' e falavam: 'Você dará uma ótima apresentadora? tão linda! Boneca e burra'", desabafou.

"Alguns jogaram fitas de reportagem minhas no chão na redação e diziam que meu trabalho estava uma m**da. Depois me convidavam para jantar para me 'ensinarem'. Eu me esquivava, ia para o banheiro e chorava. Segurava, recompunha e seguia.
Em 30 anos de Jornalismo, persistência e raiva (preciso ser honesta)? Chego aqui orgulhosa de seguir bravamente e me me tornar a profissional e a mulher que me tornei aos 52 anos", continuou ela.

Maria afirmou que passou por abuso moral, psicológico e até patrimonial. "História de muitas de vocês aqui. Hoje, mais um Dia Internacional da Mulher. Continuo e continuarei falando. Nunca vou parar. Pago minhas contas. Me reinventei profissionalmente e a internet me trouxe a possibilidade de ser livre. O dinheiro não vem mais de um lugar só. Aprendi a ser empreendedora do meu próprio negócio. E sei que ainda vem muito mais. A força dentro de mim vem de convicção e também da revolta. Muitas mulheres caíram nesses abusos comuns no passado. Vítimas do machismo, que mata".

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