O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de bexiga, mas existem cerca de 30 profissões que aumentam as chances de desenvolver a doença devido à exposição diária a agentes químicos.
O câncer de bexiga é mais comum em pessoas com mais de 60 anos, estimando-se 7.500 casos em homens e 3.050 em mulheres no Brasil entre 2020 e 2022. No ranking do Inca, é o 7º mais incidente em homens e o 14º em mulheres.
Medidas preventivas, como cessar o tabagismo e usar Equipamento de Proteção Individual (EPI), poderiam prevenir muitos casos. A detecção precoce aumenta as chances de cura, sendo a cirurgia a principal estratégia terapêutica.
Embora a causa exata seja desconhecida, fatores como genética, tabagismo, exposição a agentes químicos, certos medicamentos e até baixa ingestão de líquidos podem aumentar o risco.
Algumas das 28 profissões associadas incluem trabalhadores expostos a aminas aromáticas, utilizadas em setores como têxtil, borracha, couro, tinta, impressão, cabeleireiros e motoristas de caminhão.
ERICH MACIAS RODRIGUES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O principal sintoma é a presença de sangue na urina (hematúria), visível ou invisível. Outros sintomas incluem urgência urinária, aumento da frequência urinária, ardor ao urinar, dor lombar, infecções, fadiga, perda de peso e presença de massa pélvica.
Homens com mais de 55-60 anos têm maior probabilidade de desenvolver câncer de bexiga. A doença é mais comum em brancos, em países em desenvolvimento e em regiões com infecções por esquistossomose.
A presença de sangue na urina é um sinal de alerta. Como não há teste preventivo, é crucial procurar um médico, especialmente para pessoas idosas e ex-fumantes, ao observar sintomas como hematúria.
O diagnóstico envolve análise do histórico médico, exames de urina e de imagem (ultrassom, tomografia, ressonância magnética), cistoscopia e biópsia. A cistoscopia é essencial para o tratamento inicial.
O tratamento varia conforme o estágio da doença. Ressecção endoscópica é indicada para tumores superficiais, enquanto cistectomia (remoção da bexiga) pode ser necessária em casos mais avançados, muitas vezes associada a quimioterapia.
As chances de cura dependem do estágio do câncer, tipo, extensão e condições do paciente. Cânceres superficiais têm boas perspectivas de cura, mas o acompanhamento constante é crucial.
Algumas medidas podem reduzir o risco, como parar de fumar, limitar a exposição a agentes químicos no trabalho, manter-se hidratado e adotar uma dieta saudável, incluindo frutas e verduras.
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