Há mais de uma década, a linhaça foi alçada ao posto de superalimento e passou a ser consumida regularmente por pessoas que buscam perder peso e ter uma vida mais saudável.
Entre os poderes conferidos à semente estão a capacidade de diminuir espinhas no corpo e baixar o nível de colesterol no sangue. Mas será que ela tem mesmo essa capacidade?
A resposta é sim. Isso se deve, principalmente, ao fato de essa semente ser uma importantíssima fonte de ácidos graxos ômegas 3 e gordura poli-insaturada.
A substância tem poder anti-inflamatório --e espinhas são fruto de uma inflamação na pele.
Essa gordura boa também é antioxidante, o que contribui para evitar a ação deletéria dos radicais livres sobre as células, auxiliando, assim, na prevenção do envelhecimento precoce.
A linhaça é, ainda, uma poderosa fonte de fibras solúveis e insolúveis, que auxiliam no bom funcionamento do intestino, essencial para eliminar as toxinas e as impurezas do organismo.
Diversas pesquisas já comprovaram que o ômega 3 e o ômega 6 (também presente na linhaça) ajudam a diminuir o nível de LDL (colesterol ruim) e aumentar o de HDL (colesterol bom) no sangue.
Todos os benefícios da linhaça só se dão desde que ela seja utilizada dentro de uma dieta equilibrada e junto com todos os grupos alimentares.
Existem dois tipos de linhaça: a marrom e a dourada. No geral, elas não apresentam grandes diferenças nutricionais, apenas no sabor e na espessura da casca.
A única coisa que pode ocorrer, e isso depende do tipo e local de plantio, é a marrom ter uma concentração um pouco maior de ômegas 3 e 6.
Na rotina alimentar, a linhaça é fácil de ser inserida nos pratos comuns do dia a dia. O mais indicado é consumir a semente in natura, já que é mais rica em nutrientes.
Só que, nesse caso, por sua casca ser dura e resistente à ação do suco gástrico, passando pelo organismo sem ser 100% absorvida, é preciso triturar ou moer antes.
A recomendação é fazer isso com a quantidade que será usada em, no máximo, três dias e guardar em pote de vidro escuro ou opaco, bem fechado e dentro da geladeira, para evitar a oxidação.
As outras opções disponíveis para consumo são farinha, óleo e cápsulas. Quando se trata do óleo, a escolha deve ser pelo extravirgem, prensado a frio e não refinado.
É importante saber que ele não pode ser aquecido e que não tem as fibras da semente.
Ela pode, por exemplo, ser utilizada no preparo de massas, bolos, pães, tortas, biscoitos e tapiocas ou acrescentada a iogurtes, frutas, sucos, vitaminas, saladas, sopas, arroz e feijão.